Os conceitos na medicina mudam rápido?

A forma de atualização do conhecimento mudou muito ao longo dos últimos anos

Karolina Grabowska/èxels
(foto: Karolina Grabowska/èxels)

A resposta para essa pergunta é sim, caros leitores. Os tratamentos, métodos diagnósticos, formas de avaliação e o entendimento global das doenças estão em constante evolução e nós, médicos, por isso, precisamos estar em constante atualização.

Para se ter uma ideia, a cada 26 segundos um artigo médico é publicado no mundo e para estar completamente atualizado em todas as áreas um médico deveria ler em torno de 5 mil artigos científicos por dia. Claro que isso é impossível e as especialidades e subespecialidade médicas existem exatamente para que a especialização favoreça o verdadeiro domínio do conhecimento relacionado a uma área específica.

O que é interessante é que a forma de atualização mudou muito ao longo dos últimos anos. Há 30 anos atrás, quando meu pai se graduava em medicina, a forma de aprender e se atualizar era estar próximo dos professores catedráticos, com seus livros que utilizavam talvez muito mais a experiência própria e os conceitos pessoais do que ciência em si para passar o conhecimento.

Hoje o jogo é outro. Aprender por livros é praticamente assumir que você está lendo um conhecimento produzido há pelo menos dez anos, considerando o tempo de publicação dos artigos, revisão, compilação, editoração, tradução, publicação e finalmente distribuição de um livro texto. Portanto, a busca direta ao conhecimento bruto dos artigos, hoje com possibilidade de acesso em tempo real devido a tecnologia das bibliotecas virtuais e das redes sociais de pesquisa, é a realidade do médico que busca estar atualizado a nível mundial.

Apesar de desafiador, devido ao montante de conteúdo, esse cenário é animador, pois possibilitada a nós, médicos, trazer aos pacientes no consultório a melhor possibilidade de tratamento sem a limitação de fronteiras, físicas ou virtuais.