Entenda os efeitos do consumo de óleo de coco nos fatores de risco cardiovascular

Estudos mostram que o excesso de gordura saturada no produto eleva as chances de quem consome ter problemas de coração

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(foto: Pixabay)

O óleo de coco contém um conteúdo elevado de gordura saturada, a gordura que vai contribuir para que haja um aumento do colesterol ruim.

Alguns autores fizeram uma revisão sistemática dos estudos clínicos que avaliaram os efeitos do consumo do óleo de coco no perfil lipídico e de outros fatores de risco cardiovascular, comparando-o com o uso de outros óleos comestíveis.

Os principais desfechos avaliados foram os níveis de LDL colesterol (colesterol ruim), HDL (bom colesterol), colesterol total, triglicérides, marcadores inflamatórios e glicemia.

Foram incluídos 16 grandes estudos nessa meta-análise (técnica estatística desenvolvida para integrar os resultados de vários estudos independentes sobre uma mesma questão de pesquisa).

O consumo de óleo de coco aumentou significativamente os níveis de colesterol ruim (LDL), que se deposita no interior das artérias, e também houve aumento não significativo do HDL (bom colesterol), quando comparado ao consumo de outros óleos vegetais. Os resultados se sustentaram durante todo o estudo e em todos os cruzamentos de dados.

O consumo de óleo de coco não se relacionou com efeitos significativos em marcadores de glicemia e de inflamação, em comparação aos outros óleos vegetais.

Os autores concluíram que o consumo de óleo de coco resulta em significativo e maior incremento nos níveis sanguíneos de LDL (colesterol ruim) do que de outros óleos vegetais.

Esses achados implicam na possibilidade de melhor escolha no uso de óleos vegetais.

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