MPSP defende suspensão de cachê à Ludmilla por gesto de 'L' em show

A ação proposta pelo vereador Fernando Holiday (Novo), alega que gesto seria ato político, uma referência à campanha de Lula (PT), pré-candidato à Presidência

Reprodução/Instagram
Ludmilla (foto: Reprodução/Instagram)

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) se manifestou contrário ao pagamento do cachê à cantora Ludmilla, por ter feito com os dedos a letra "L" durante show na Virada Cultural da capital, no dia 29 de maio.

A ação foi proposta pelo vereador Fernando Holiday (Novo), que alega desvio de finalidade no uso de recursos públicos. Segundo ele, o gesto seria uma referência à campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pré-candidato à Presidência.

 

De acordo com as informações do jornalista Fábio Zanini, do jornal Folha de S. Paulo, a promotora Eloisa Franco, afirma haver fortes indícios de violação a princípios como impessoalidade, moralidade administrativa e legalidade. Além de semelhança com um showmício, que é proibido pela legislação eleitoral.

 

"Conforme se percebe, ao menos em uma análise perfunctória, há diversos elementos que apontam para um desvio de finalidade em tal contrato que deveria ter finalidade cultural", diz trecho do documento, defendendo a concessão de liminar pela Justiça.

 

"A forma como se desenrolou o evento revela, outrossim, violação da legalidade, pois o atual contexto das provas sugere que as contratações levadas a efeito dissimulam um aparente showmício, o qual é vedado como modalidade de propaganda eleitoral, principalmente por ter sido promovido o evento com verbas públicas", acrescentou a promotora. 

 

Em resposta via redes sociais, Ludmilla disse que o gesto não foi uma referência política e afirmou a Holiday que o seu próprio nome começa com a letra 'L'. O cachê da funkeira no show foi de R$ 222 mil. Na ação, o político pede que o cachê pela participação no evento não seja pago, e, caso já tenha sido pago, que o dinheiro seja restituído à prefeitura da capital paulista.

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