
Depois de muita espera finalmente Belo Horizonte assistiu ao show de Paul McCartney. O beatle subiu ao palco de um Mineirão lotado pouco antes da hora marcada: 21h22. Usando um blazer azul sobre uma camisa branca com detalhes pretos, o britânico levou as cerca de 53 mil pessoas que estavam no local ao êxtase, abrindo a apresentação já com um hit dos Beatles, ‘Eight Days a Week’.
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Se o artista já entrou em cena com o público ganho, não deixou de impressionar pela animação, simpatia e qualidade musical, do alto dos seus 70 anos. Lá pela 4º música não aguentou o calor e se livrou do blazer. Dobrou as mangas e começou a desfilar sua habilidade no famoso baixo, guitarra, piano e ukelele. No repertório, grandes sucessos dos Beatles, como ‘Paperback Writer’, ‘Lady Madonna’, ‘And I Love Her’, ‘Get Back’, ‘Eleanor Rigby’ e ‘Yesterday’, mesclados com músicas da carreira solo do cantor, como ‘Junior’s Farm’, ‘Listen to What the Man Said’ e ‘Hi hi hi’. Um dos momentos de grande emoção foi quando Paul, sozinho, tocou ‘Blackbird’. Uma plataforma levantou o músico melhorando a visão de quem estava na pista. Em seguida, McCartney prestou homenagem a John Lennon, tocando ‘Here today’.
Lennon não foi o único homenageado da noite. A atual mulher de Paul, Nancy Shevell, foi lembrada na canção ‘My Valentine’, presente no último disco do artista, ‘Kisses on the Bottom’. O clipe da faixa, com Johnny Deep e Natalie Portman traduzindo a letra na linguagem de sinais, foi projetado no enorme telão no fundo do palco. Para Linda McCartney, falecida esposa de Paul, foi dedicada a musica ‘Maybe, I´m Amazed’. Já o parceiro George Harrison ganhou homenagem com a belíssima ‘Something’, tocada inicialmente apenas com Paul e seu ukelele e finalizada com toda a banda.

A grande novidade do show foi a performance de duas músicas nunca tocadas em apresentações ao vivo, como o próprio artista destacou: ‘Mr. Kite’ e ‘Lovely Rita’. O momento de tensão do concerto foi durante a execução da faixa ‘Band on the run’, quando o som simplesmente falhou. Nada que tirasse o brilho de Paul, mas que deixou os fãs apreensivos. Os olhares começaram a se acalmar mesmo quando o beatle lançou mão de ‘Let it be’, certamente um dos momentos mais marcantes do show.
Ao piano, McCartney cantava a belíssima letra enquanto o estádio inteiro balançava seus celulares e câmeras, criando uma espécie de céu estrelado em pleno Mineirão. Impossível não se emocionar. Outro momento de êxtase foi durante ‘Live and let die’, sucesso que levantou o público com impressionantes labaredas que aqueceram o rosto de quem estava mais perto do palco, além de fogos de artifício que surgiram atrás da estrutura.
Como não podia ser diferente, outra passagem inesquecível do show foi a música ‘Hey Jude’. Além de ser cantada em alto e bom som pelos presentes, a canção foi embalada por plaquinhas com os dizeres “Thank you”, levantadas por quem estava na pista e pista premium. A demonstração de afeto emocionou Paul, que ainda guardava surpresas.
Além de voltar ao palco mais duas vezes, tocando na primeira as músicas ‘Day Tripper’, ‘Lovely Rita’ e ‘Get Back’, e na segunda ‘Yesterday’, ‘Helter Skelter’, e fechando com a trinca ‘Golden Slumbers/Carry that Weight/The End’, Paul ainda realizou o sonho de quatro fãs. Responsáveis pelo movimento “Paul vem falar Uai”, as moças subiram ao palco, conversaram com o ídolo e ganharam autógrafos.

Depois de um inflamado solo de guitarras, Paul McCartney se despediu de Belo Horizonte. Para alegria dos fãs, o beatle foi embora deixando uma mensagem de esperança: “Até a próxima vez”.
SUPRESA DESAGRADÁVEL
Apesar de a maioria dos portões do Mineirão estarem tranquilos durante a entrada do show, quem esperava para entrar na pista premium, além de ter que enfrentar uma fila considerável, ainda teve uma desagradável surpresa. De repente, uma enxurrada de esgoto começou a descer pela rua, molhando os pés de quem aguardava para entrar. Os fãs, que já estavam impacientes com a espera, ainda tiveram que lidar com o mau cheiro do local.