Benefícios da Rosuvastatina na prevenção cardiovascular e colesterol

Hoje a doença cardiovascular é a principal causa de morte e incapacidade no mundo, correspondendo a mais de um terço do total

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Caixas de Rosuvastatina (foto: Divulgação)


Diante de tantas evidências, vamos falar do benefício das estatinas a partir de uma ação sinérgica lipídica e pleiotrópica, a rosuvastatina, que destaca-se por sua rápida absorção, concentrações plasmáticas máximas atingidas em poucas horas e concentrações no sangue por um período prolongado. 
 
A rosuvastatina é mais potente na comparação entre todas as outras estatinas disponíveis. Além de baixar o LDL colesterol (colesterol ruim ), pode também reduzir os triglicerídeos, o que pode também contribuir para elevar os níveis do colesterol bom, chamado HDL colesterol. 
 
Existem vários estudos com a rosuvastatina, que nos mostram excelente tolerabilidade, ausência de risco de desenvolvimento de insuficiência renal, com elevação das enzimas hepáticas raramente acima do limite em relação à linha de base, entre outros aspectos de segurança.
 
Não podemos de deixar de relatar aqui os vários estudos em pacientes diabéticos com recomendações das diretrizes internacionais, em que a terapia com rosuvastatina se mostrou medida altamente eficaz para a redução dos eventos cardiovasculares.
 
Vou mostrar aqui, brevemente, alguns estudos que demostraram a redução de placas dentro das artérias. No primeiro estudo, chamado de ASTEROID, a rosuvastatina foi usada na dose de 40 mg/dia por 2 anos e provocou uma redução do volume da placa coronária, confirmado pela técnica de ultrassom intracoronário.

Nesse estudo, houve uma redução média de 53% nos níveis de LDL (colesterol ruim) e um aumento de 14,7% nos níveis do bom colesterol ( HDL). O que chamou a  atenção é que a redução da placa de colesterol foi proporcional à redução do colesterol ruim (LDL), indicando que a potência do tratamento tem papel fundamental. Outro dado de destaque é que a regressão só passou a ocorrer quando os níveis de colesterol ruim (LDL) , atingiram valores inferiores a 70mg /dl. 
 
Outro estudo, denominado ORION, observou efeito benéfico do tratamento por 24 meses com rosuvastatina, no volume e característica das placas carotídeas em questão, avaliadas por ressonância nuclear magnética (RNM).

O colesterol ruim (LDL) foi reduzido em 38,2% e 59,9% nos grupos de baixa e de alta dose de rosuvastatina e, muito importante, as chamadas placas moles, que são frequentemente associadas a um maior núcleo lipídico e necrótico (que se rompem mais facilmente ) foram reduzidas em 41,4%, sugerindo uma mudança muito favorável. 
 
Estudos de segurança realizados demonstraram que é uma droga com mínimas interações com as enzimas hepáticas, sendo que as atuais diretrizes, americanas, brasileiras e europeias, passaram a não recomendar dosagens sistemáticas das transaminases hepáticas, em pacientes usando rosuvastatina.
 
Existem estudos com relatos dos aumentos dos casos de diabetes induzidos pela rosuvastatina; existe sim essa relação principalmente quanto à dose da rosuvastatina, associada à idade do paciente e à presença de síndrome metabólica. Hoje, dependendo da estratificação de risco do paciente feita durante uma consulta médica, as diretrizes nos orientam a usar doses moderadas ou doses altas de acordo com o risco do paciente.
 
Se quisermos prolongar a vida de nossos pacientes ,isso passa pela prevenção cardiovascular .Seu inicio precoce é fundamental .Na realidade de nossos consultórios , a grande maioria deles já chega portando fatores de risco e muitas vezes, já com doença  arterial obstrutiva ,com ou sem manifestações. Nessas situações o uso da rosuvastatina está indicado para atenuar e mesmo reduzir as consequências  clinicas da aterosclerose .