Outubro Rosa: a importância da prevenção e do tratamento do câncer de mama

Genética, hábitos adquirdos, questões hormonais, prevenção, controle médico constante - tudo isso interfere diretamente em nossa saúde e está ligado à doença

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(foto: Pixabay)

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), só em 2020 serão aproximadamente 66.280 novos casos de câncer de mama no Brasil. Diante de um número tão expressivo, é fundamental endossarmos a campanha do Outubro Rosa, que é justamente para falar sobre a a importância da prevenção e tratamento precoce desta doença. Lembrando que homens também podem desenvolvê-la, mas têm menos propensão que as mulheres.

A genética, hábitos que adquirimos ao longo dos anos, questões hormonais, prevenção, controle médico constante - tudo isso interfere diretamente em nossa saúde e está ligado a
doenças como o câncer de mama. 

O risco de câncer de mama aumenta progressivamente a partir do 40 anos de idade, chegando ao pico ao redor dos 55 anos de idade. De acordo com o Inca, cerca de 77% das mulheres com câncer de mama têm mais de 50 anos. Enquanto o risco de câncer de mama em mulheres de 30 anos é de apenas 1 em 2000, em mulheres de 75 anos o risco é de 1 para 10. Mesmo assim, temos notado um aumento de casos em pacientes mais jovens recentemente. 

Brancos (caucasianos) são o grupo étnico com maior incidência de câncer de mama. Hispânicos e asiáticos apresentam cerca de 30% menos risco de câncer de mama que brancos. Ter um parente de primeiro grau com câncer de mama aumenta o risco de tê-lo em 1.8 vez, segundo o Instituto. Ter dois parentes de primeiro grau com câncer de mama aumenta o risco em 2.9 vezes. Se você tem um parente de primeiro grau com diagnóstico de câncer de mama antes dos 40 anos, então seu risco de também tê-lo antes dos 40, aumenta em 5.7 vezes.

Entretanto, apesar desses dados, apenas entre 5% e 10% das mulheres com câncer de mama apresentam caráter hereditário, ligado a mutação genética. Mais de 90% dos casos ocorrem em mulheres sem caráter hereditário ou comprovação de mutação genética.

A terapia de reposição hormonal, principalmente a que combina estrogênio com progesterona, está relacionada a um maior risco de câncer de mama. Este efeito, porém, só ocorre quando o uso é feito por mais de 5 anos. 

Quanto maior o sobrepeso, maior o risco de câncer de mama. Mulheres com IMC maior que 33 kg/m2 apresentam 27% mais risco que mulheres com IMC normal. Este risco é ainda maior em mulheres após a menopausa. 

O consumo de álcool aumenta o risco de câncer de mama. Quanto maior o consumo, maior o risco. O álcool ainda parece potencializar os riscos da terapia de reposição hormonal. 

Exercícios físicos diminuem o risco de câncer de mama, independentemente do efeito na redução de peso. Mesmo 50 minutos de caminhada 3 vezes por semana já são suficientes para reduzir o risco.

Mulheres que praticam exercícios mais intensos, como até 10 horas semanais de caminhada ou 3 horas semanais de corrida, chegam a ter até 40% menos chance de desenvolver câncer de mama.
A Sociedade Americana de Oncologia recomenda 45 minutos diários de exercícios por pelo menos 5 dias por semana.

Então, cuide-se! Apos os 40 anos, além da mamografia anual, faça isso por você: todos os dias, tenha hábitos que irão prevenir o câncer de mama.

Apoie a Campanha, dissemine informação e vamos, juntos, contribuir para que esses números reduzam cada vez mais.
 
Tem dúvidas ou sugestões? Mande email para alexandremeira@gmail.com