Ser ou não ser doador: conheça os mitos e ajude a aumentar a rede de solidariedade

Número de doares chegou a um número recorde no primeiro semestre deste ano, mas quantidade poderia ser muito maior

por Estado de Minas 21/10/2013 15:00

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O número de doares chegou a um número recorde no primeiro semestre deste ano. De acordo com o levantamento da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), foram 13,3 em cada um milhão de habitantes. Apesar de ser expressiva, a quantidade de pessoas que ajudam a salvar a vida de brasileiros que estão na fila de espera para um transplante poderia ser muito maior. A principal barreira para o ato de solidariedade no Brasil é a recusa da família, gerada principalmente por desconhecimento.

Se você ainda pensa que a doação de órgãos é um tabu, informe-se antes de tomar a decisão. A seguir, o Grupo Novartis no Brasil derruba alguns mitos que cercam o tema.

Alexandre
(foto: Alexandre)


  • Para me declarar doador, preciso disponibilizar a informação nos meus documentos
As informações que constavam no registro geral (RG) e na carteira nacional de habilitação (CNH) perderam a validade há mais de uma década. Em muitos casos, por falta de informação, as pessoas forneciam respostas negativas sem ao menos refletir sobre o assunto.

  • Para se tornar um doador, é preciso deixar um registro por escrito
Você só precisa informar seu desejo aos familiares, únicas pessoas que podem autorizar a doação sem que haja necessidade de deixar nada por escrito.

  • Se o médico souber que eu sou doador, não vai se esforçar para me salvar depois de um acidente
Além de não ter conhecimento sobre a decisão do paciente, a equipe médica que trabalha na emergência tem como prioridade salvar vidas. Apenas depois da morte encefálica comprovada e com o consentimento da família é que uma outra equipe médica, especializada em transplantes, é chamada.

  • A família de quem recebe o órgão é quem paga pela operação
Nenhuma das duas famílias – seja a do doador ou do receptor do órgão transplantado – tem qualquer tipo de despesa com a operação. O Sistema Único de Saúde (SUS) se responsabiliza pelos gastos e pelo fornecimento vitalício das medicações necessárias para evitar a rejeição do órgão transplantado.

  • A doação deixa marcas profundas no corpo, que atrapalham na hora do enterro
Como todos os órgãos doados são removidos por meio de cirurgia, o corpo dos doadores pode ser velado ou cremado normalmente.

  • Idosos ou pessoas que estavam doentes não podem doar órgãos
Todas as pessoas são consideradas potenciais doadores de órgãos, independentemente da idade ou do histórico médico. O fator determinante para a doação é única e exclusivamente a condição de saúde do doador depois de confirmada a morte encefálica. Mesmo doenças sexualmente transmissíveis, exceto Aids, não contraindicam a doação de órgãos, mas podem impedir a doação de sangue e tecidos.

  • Cada doador de órgão pode salvar uma única vida
Um único doador de órgãos salva, em média, de oito a 10 pessoas, podendo chegar a 20, com o transplante de córneas, coração, pulmões, rins, fígado, pâncreas, pele, ossos e válvulas cardíacas.