Conheça as opções de sorveterias em BH para espantar o calor

Várias casas da cidade apostam no gelado para dar um toque refrescante à estação

por Eduardo Tristão Girão 10/01/2014 06:00
André Hauck/Esp.EM.
Sorvetes de casas como a Inventiva, de Carlos Sia, espantam o calor no verão (foto: André Hauck/Esp.EM.)
Sorvetes cremosos, que têm como base leite, creme de leite, manteiga e doce de leite, ou simplesmente feitos com água, preservando a pureza dos sabores das frutas. Alguns são inspirados em gostinhos da infância, enquanto outros são preparados com o objetivo de pegar de surpresa o paladar. Há até aqueles batidos em máquinas quase centenárias. Entre lojas de bairro e franquias internacionais, os dias de verão são o melhor convite para experimentar a diversidade de propostas das sorveterias de Belo Horizonte.


Para os que buscam novidade, pode ser boa ideia conferir a nova linha criada por Carlos Sia, que comanda a pequena Inventiva, no Santa Efigênia. Inspirado em chás, ele acaba de colocar em seus freezers os sabores hortelã; erva cidreira; canela; maracujá com gengibre; e abacaxi com gengibre e canela. Sem recorrer a saquinhos industrializados e fazendo a infusão dos ingredientes diretamente na base do sorvete, composta por leite, creme de leite, leite em pó e açúcar. O quilo sai por R$ 50,90.

O pai dele é proprietário de laticínio em Santa Luzia, na Região Metropolitana de BH, e fornece boa parte dos insumos usados na produção. Da “coleção” passada, inspirada em doces que remetem à infância (como palha italiana, pudim e beijinho), ficou o sabor pavê da vovó, que leva chocolate, creme de ovos e biscoito champanhe. Atualmente, os sorvetes mais vendidos são os de chocolate, nata com mascarpone, doce de leite com nozes e tortinha de limão. Há também sorbets e opções sem açúcar e sem lactose.

Com freguesia grande e fiel, a Charme, no Padre Eustáquio, é porto seguro dos que buscam sabores tradicionais. A casa foi inaugurada em 1991, com a produção a cargo de Messias Augusto Coelho, ex-técnico em eletrônica (ele consertava TVs) que sempre gostou de cozinha e hoje passou o bastão para as filhas, Natália e Jéssica, formadas em engenharia de alimentos e gastronomia, respectivamente. “Queremos expandir e estamos olhando pontos em bairros como Buritis e Belvedere”, revela Jéssica.

Por R$ 39 (quilo), a sorveteria vende cerca de 50 sabores, sendo nozes, frutas do bosque, abacaxi com chantilly, pavê, romeu e julieta. Entre os novidades, destaque para o de Ovomaltine, seguido pelos de torrone, creme português (creme com frutas cristalizadas), amêndoa com Nutella e Charge (que leva chocolate, amendoim e pedacinhos do próprio bombom). A produção é semanal e tem como base o leite integral. A loja tem ar-condicionado.

MANGA-UBÁ  É de cair o queixo a informação de que a sorveteria Universal, aberta 1930 pelo italiano Artur Spina, ainda hoje bata toda sua produção nas mesmas máquinas Carpigiani que o fundador mandou trazer do país natal. “Como não usamos estabilizantes nem emulsificantes, se fôssemos bater outros sorvetes aqui, eles estragariam nossas máquinas”, explica Liliane Lacôrte, bisneta de Spina e quarta geração no comando da casa. A cremosidade, explica, é obtida ao bater os sorvetes por 40 minutos.

Hoje com cerca de 60 sabores disponíveis (à base de leite; os de fruta levam água), a sorveteria tem como um de seus principais sabores o queimadinho (coco queimado), seguido dos de doce de leite, maracujá e chocolate meio amargo com doce de leite e castanha do pará - este último é uma das “novidades” da casa, criado há cerca de três anos. A disponibilidade dos sorvetes de fruta varia em função de sazonalidade: manga, por exemplo, só ubá. Uma bola sai por R$ 5 e duas, por R$ 9. A casa trabalha com sorvetes diet.

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