Marcelo Veronez subiu ao Palco Guaicurus pontualmente às 21h para iniciar a apresentação de seu show 'Não sou nenhum Roberto', que completa 10 anos neste 2019. O cantor se referiu logo de cara à polêmica desta edição da Virada, a primeira na gestão Alexandre Kalil (PSB).
“Que Nossa Senhora das Travestis esteja conosco”, foram as primeiras palavras de Veronez, citando a suspensão da performance "Coroação da Nossa Senhora das Travestis", pelo coletivo TransLiterária, que ocorreria no Espaço Rio de Janeiro.
Na sequência do show, depois de o cantor se referir mais uma vez ao episódio, parte do público começou a gritar "Bolsonaro, vai tomar ...", e Veronez discordou.
Veja vídeo:
O cantor disse que "sem carinho, nem aquele ser horrível merece".
Pouco antes de subir ao palco, o cantor disse ao Estado de Minas que cancelamento da performance "A Coroação de Nossa Senhora das Travestis" “não dá oportunidade de as pessoas conheceram para poder discutir”.
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O público já estava rendido a Marcelo Veronez quando Odair José entrou para sua participação especial e cantou, como havia anunciado, seu sucesso "Eu vou tirar você desse lugar".
Confira:
Presente ao Palco Guaicurus, Juca Ferreira, secretário municipal de Cultura, disse ao Estado de Minas: "Acho que os artistas estão livres para se manifestar”, em relação aos protestos de Veronez ao cancelamento da performance do coletivo TransLiterária.
Ferreira afirmou, no entanto, que “é injusto dizer que o prefeito censurou". O secretário apontou uma "pressão dos setores mais conservadores da cidade" para a retirada da "Coroação de Nossa Senhora das Travestis" da grade de programação.
Como em outras edições da Virada, o tom político marcou mais de um palco. Na Praça da Estação, pouco antes do início do show de Chama o Síndico com Fernanda Abreu (marcado para as 22h de sábado), parte do público também começou a gritar "Bolsonaro, vai tomar...". E, assim como Veronez, o mestre de cerimônias do palco discordou da escolha do xingamento. "Vamos mudar esse discurso, aí.
Veja:
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