Acusado de pedofilia em filme, Danilo Gentili rebate ataques bolsonaristas

O apresentador se defendeu, revelando que sente 'orgulho' por desagradar petistas e bolsonaristas; Ministro da Justiça diz que vai tomar 'providências'

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Danilo Gentili em cena do filme Como se tornar o pior aluno da escola (foto: Divulgação)

Danilo Gentili entrou nos assuntos mais comentados do Twitter no último domingo (13/03), após diversos perfis bolsonaristas da rede social voltarem a associar o nome do apresentador à pedofilia devido ao filme Como se tornar o pior aluno da escola (2017), longa estreou neste final de semana na Netflix. Além dele, Fabio Porchat também se tornou alvo das acusações.

Por meio de seu perfil na rede do passarinho, o humorista disse que sente "orgulho" de ter conseguido "desagradar" em um mesmo nível de intensidade tanto os petistas quanto os bolsonaristas, e falou em "falso moralismo".

 

"O maior orgulho que tenho na minha carreira é que consegui desagradar com a mesma intensidade tanto petista quanto bolsonarista. Os chiliques, o falso moralismo e o patrulhamento vieram fortes contra mim dos dois lados. Nenhum comediante desagradou tanto quanto eu. Sigo rindo", escreveu.

 

Confira, abaixo:

Como se tornar o pior aluno da escola é um longa-metragem baseado no livro de mesmo nome, escrito por Gentili. A obra aborda temas com objetivo de fazer críticas ao politicamente correto.

 

Na época de seu lançamento, a obra fictícia que tem classificação indicativa para 14 anos, já tinha sido alvo de críticas por conta de uma cena de cunho sexual que envolve o ator Porchat. Agora, o longa voltou a ser assunto nas redes, dentro de um contexto político, com perfis bolsonaristas e de políticos apoiadores do presidente da República Jair Bolsonaro (PL) criticando a produção.

 

Na história, Bernardo (Bruno Munhoz) e Pedro (Daniel Pimentel), dois adolescentes que decidem seguir um diário diferente, que ensina como instalar o caos na escola onde estuda. Os jovens aprontam várias pegadinhas no ambiente estudantil.

 

Na produção, Fábio Porchat interpreta Cristiano, um pedófilo que tenta abusar dos meninos, mas não consegue. "Vamos esquecer isso tudo, deixar isso de lado? A gente esquece o que aconteceu e, em troca, vocês batem uma punheta pro tio. É super normal, vocês tem que abrir a cabeça de vocês. Uma juventude retrógrada", sugere o personagem, que também coloca a mão de um dos garotos em seu pênis na cena polêmica em questão.

 

O caso chegou ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, que disse neste domingo que vai determinar "imediatamente" que a pasta adote providências contra o filme. Segundo o chefe da pasta, o longa, exibido pela Netflix desde 7 de fevereiro deste ano, tem "detalhes asquerosos".

 

"Assim que tomei conhecimento de detalhes asquerosos do filme Como se tornar o pior aluno da escola, atualmente em exibição na Netflix Brasil, determinei imediatamente que os vários setores do Ministério da Justiça adotem providências cabíveis para o caso!", escreveu no Twitter.