A angústia de um escritor em crise é o fio condutor de Homem vazio na selva das grandes cidades, novo espetáculo do Coletivo ZAP 18. A peça propõe uma reflexão sobre os desafios de viver na metrópole e de lidar cotidianamente com funções repetitivas. Carrinhos de supermercado, celulares e sacos de papel – símbolos do capitalismo – compõem o cenário. O drama do autor sem ideias para escrever tem como fundo musical o rap composto por Shabê.
“A gente precisa pensar numa cidade que tem inúmeras faces. Há um circuito cultural que se dá fora dos contornos centrais. É importante pensar que a arte é feita para quebrar paradigmas”, afirma Gustavo Falabella, diretor da peça.
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Homem vazio... comemora os 15 anos da ZAP 18. No Serrano, o grupo faz ensaios, oficinas, cursos, debates e festas. “É um jeito de acolher os moradores. Temos atrizes daqui da região”, conta o diretor. “Encontramos dificuldades, mas a palavra que marca o nosso trabalho é resistência. Apresentar a peça aqui pode fazer com que espectadores da área central não venham nos assistir, devido à distância, mas é necessário intensificar esse olhar”, conclui.
HOMEM VAZIO NA SELVA DAS GRANDES CIDADES
Sexta (10) e sábado (11), às 20h30; domingo (12), às 19h. ZAP 18. Rua João Donada, 18, Serrano, (31) 3475-6131. R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).