RedeTV! e sindicato não entram em acordo e funcionários farão greve

Colaboradores da emissora aprovam paralisação dos trabalhos a partir da meia-noite de terça-feira (31/08)

Divulgação/TV Globo
Marcelo de Carvalho, principal acionista da Rede TV! (foto: Divulgação/TV Globo)

O acordo entre o Sindicato dos Radialistas e a RedeTV! não evoluiu e a emissora não irá reajustar os salários dos funcionários. Diante disso, colaboradores  do canal aprovaram em assembleia nesta segunda-feira (30/08) a realização de uma greve. 

 

É a segunda greve organizada pela equipe. Em outubro de 2019, os profissionais decidiram parar como protesto pela decisão de proibir a realização de horas extras. Na época, diversos programas foram atingidos pela greve e telejornais foram levados ao ar de maneira precária. 

 

Segundo o Notícias da TV, a partir de meia-noite de terça-feira (31/08), os trabalhadores do canal irão parar por tempo indeterminado. Na semana passada, funcionários da RedeTV! se reuniram para exigir o reajuste dos salários nas condições previstas pela última convenção coletiva de trabalho.

 

A pauta de reivindicação havia sido aprovada durante um evento realizado na última terça-feira (24/08) e, com isso, as exigências foram enviadas para a diretoria da empresa no dia seguinte. 

Ainda no dia 24 de agosto, os trabalhadores decretaram estado de greve, esse termo simboliza última tentativa de negociação dos funcionários antes de decidirem a interrompimento das atividades. 

 

Os radialistas entendem que dinheiro não é problema para a emissora. "Além dos sorteios de prêmios que ajudam a manter a receita da RedeTV!, a emissora fechou contratos milionários com a Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Petrobras, Ministério da Saúde, Ministério da Educação, governo do estado de São Paulo e outras importantes instituições públicas", disse o Sindicato em comunicado que anunciou a assembleia.

 

"A RedeTV! também recebeu investimentos milionários do Bradesco, Itaú, Facebook, Ultrafarma, Vivo, Casas Bahia, Sky Pré-Pago, Bigtrail e Cartão de Todos. Tem ainda os merchandisings e os horários vendidos a igrejas neopentecostais ", concluiu o órgão.

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