Saúde Plena

Obesidade e problemas circulatórios: o que é importante saber?


A obesidade é sem dúvida nenhuma um dos grandes problemas dos tempos modernos. O avanço da tecnologia proporcionou ao homem uma vida com menos demanda em termos de gasto de energia, com os meios de transporte facilitando seu deslocamento e o acesso às tecnologias na palma da mão favorecendo o sedentarismo. Pode-se considerar a obesidade como um dos mais graves problemas de saúde pública do século XXI.



obesidade é caracterizada como uma condição médica na qual o acúmulo de tecido adiposo no organismo causa impactos negativos na saúde. Uma pessoa é considerada obesa quando o seu índice de massa corporal ( IMC) é superior a 30 e com excesso de peso ( sobrepeso) quando seu IMC está entre 25-23. O IMC é calculado dividindo o peso da pessoa pelo quadrado da sua altura. A obesidade aumenta a probabilidade de ocorrência de várias doenças no aparelho circulatório, diabetes tipo 2, apneia do sono, osteoartrose e depressão.

A causa mais comum de obesidade é uma combinação de dieta hipercalórica, falta de atividade física e suscetibilidade genética. A pessoa obesa em geral consome mais calorias do que gasta e esse excesso irá se acumular no organismo nos tecidos adiposos, gerando então a obesidade.

obesidade aumenta o risco de diversas doenças circulatórias. Estas comorbidades estão frequentemente integradas numa condição denominada Síndrome Metabólica. Essa síndrome engloba um conjunto de alterações que levam a um aumento da incidência de aterosclerose:

- diabetes tipo 2;
- hipertensão arterial;
- colesterol e triglicérides elevados.



A aterosclerose por sua vez irá causar problemas de obstrução nas artérias, levando a maior incidência de infartos do miocádio, derrames cerebrais (AVC) e também obstruções nas artérias das pernas, causando dores ao caminhar e até quadros de amputações nos casos mais graves.

Uma das principais consequências da obesidade é o diabetes tipo 2. O excesso de gordura corporal está na origem de 64% dos casos de diabetes em homens e 77% dos casos de diabetes em mulheres.  O aumento de gordura corporal provoca resistência à insulina e cria um estado pró-inflamatório e pró-trombótico. Deve-se resaltar que o diabetes é um dos principais fatores de risco associado aos problemas circulatórios.

Em relação à circulação, é importante resaltar que a obesidade se constitui um dos principais fatores de risco para o surgimento das varizes em membros inferiores. O acúmulo de gordura na parede abdominal aumenta a pressão sobre as veias do abdome ( veias ilíacas e cava inferior), dificultando a passagem de sangue. Dessa forma, a drenagem do sangue dos pés em direção ao coração fica dificultada nos obesos, causando as varizes em membros inferiores.



O tratamento da obesidade baseia-se na dieta e no exercício físico ou seja naquelas medidas que também se relacionam com a manutenção de uma boa saúde vascular. A qualidade da dieta pode ser melhorada reduzindo os açúcares e gorduras e aumentando a quantidade de fibras (frutas, verduras, legumes).

atividade física regular a fim de se aumentar o gasto energético deve ser realizada com uma meta de 150 minutos semanais (caminhada de 30 minutos por 5 dias na semana). Mais do que isso, a prevenção e o tratamento consistem em escolhas pessoais e mudanças nos hábitos de vida
 
Hábitos de vida saudáveis e saúde vascular andam sempre juntos!

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