A aterosclerose se caracteriza pela inflamação crônica da camada íntima ( camada mais interna) das artérias de médio e grande calibres devido ao acúmulo de lipoproteínas ( colesterol) em seu interior, formando o que se chama de placa aterosclerótica.
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A aterosclerose é causada pela combinação de múltiplos fatores de risco, dentre os quais podem ser citados os genéticos (hereditários), tabagismo, hipercolesterolemia (colesterol elevado), diabetes, obesidade, hipertensão arterial e sedentarismo.
Como principais consequências da aterosclerose, devem-se destacar o infarto agudo do miocárdio, a AVC ( “derrame cerebral”) e também as amputações em membros inferiores.
Sabe-se que alguns fatores elevam em muito o risco de desenvolvimento da arterosclerose. A hipertensão arterial ( “ pressão alta”) aumenta em pelo menos duas vezes o risco, assim como a presença do diabetes. Quando as duas doenças ocorrem concomitantemente, o risco sobe para mais de 8 vezes. No caso do paciente que possui diabetes, hipertensão arterial e hiperlipidemia ( colesterol elevado), esse risco de desenvolvimento da doença aumenta em até 20 vezes, sugerindo que esses fatores todos atuam de forma conjunta para o desenvolvimento, progressão e gravidade da doença.
As medidas mais importantes na prevenção da aterosclerose são manter um peso saudável, praticar atividades físicas regularmente e ter uma dieta saudável e equilibrada, com baixos níveis de gordura, principalmente aquelas saturadas e de origem animal.
Quanto às atividades físicas, não é necessário ser atleta. A OMS ( Organização Mundial de Saúde) recomenda 150 minutos de atividades semanais para se ter um benefício em termos de melhora da saúde. Basta fazer uma caminhada de 30 minutos em cinco dias da semana que já se consegue um grande benefício em termos de redução das doenças cardiovasculares.
Além disso, o controle dos níveis de glicose ( açúcar) no sangue e parar de fumar também são de importância fundamental na prevenção.
Na próxima semana, abordarei de forma mais detalhada o tratamento da aterosclerose. Por agora, fica a mensagem da prevenção ainda como o melhor remédio.