Depressão e autoestima: o que o Setembro Amarelo pode nos ensinar

Considerado um tema extremamente delicado e importante, acreditamos que se trata de uma situação que não pode ser debatida de forma pontual, mas como algo bem mais amplo

Pixabay/Reprodução
(foto: Pixabay/Reprodução )
O Setembro Amarelo é uma campanha instaurada no Brasil para alertar as pessoas sobre o suicídio. Considerado um tema extremamente delicado e importante, acreditamos que se trata de uma situação que não pode ser debatida de forma pontual, mas como algo bem mais amplo. Precisamos falar da saúde mental como um todo!
E isso está diretamente ligado à questão da autoaceitação e da autoestima. Os padrões irreais divulgados diariamente nas redes sociais despertam em indivíduos, cada vez mais jovens, um sentimento de “não pertencimento” ou ainda de “não ser bom o suficiente” para o mundo que vende uma perfeição simplesmente inexistente.

É justamente isso que faz com que jovens com o corpo ainda em formação procurem por cirurgias plásticas. Na verdade, o que essa pessoa quer é se tornar alguém diferente para se identificar com os valores estéticos padronizados que ela tem acesso todos os dias, com apenas um clique em seu celular. Nessa situação crescente que nós, enquanto sociedade, precisamos nos atentar e compreender que o problema não está na barriga, no bumbum ou no nariz do indivíduo, mas sim em sua autoestima. 

Em minha profissão de médico cirurgião plástico, é imensamente satisfatório contribuir para que um paciente ganhe mais confiança e se sinta mais feliz com quem é. Mas é fundamental ele ser quem é, entendem? Com todas as suas características individuais, traços marcantes e um corpo que faz dele um ser único! Nada faz sentido se o trabalho envolve tirar sua identidade.

A cirurgia plástica está cada vez mais moderna, se baseia em estudos científicos com respaldo das mais respeitadas instituições da área, conta com equipamentos de última geração. Mas ainda assim, sempre será uma cirurgia.

Vale a pena passar por ela? Sim, desde que seja de forma consciente, necessária, segura, com um médico qualificado, responsável e com um paciente com o corpo e a mente saudáveis.