Há alguns anos, a atriz Angelina Jolie chocou muitas pessoas ao anunciar que faria uma mastectomia preventiva nas duas mamas, já que havia feito exames genéticos que mostravam uma chance expressiva de desenvolver câncer nestes órgãos. Ela, que perdeu a mãe para a doença, representa um dos exemplos em que esse procedimento é indicado por especialistas. Nos casos como o de Angelina Jolie deve-se lembrar que serão retirados também os ovários, devido ao mesmo risco de câncer neste órgão.
A decisão de se retirar pequena parte da mama ou toda a mama nem sempre é uma decisão simples. Deve-se levar em consideração o tipo, tamanho, localização e biologia do tumor, o desejo ou preferência da paciente, e muitos outros fatores a serem discutidos com o mastologista.
Além do mastologista e do paciente, algumas vezes a opinião do cirurgião plástico, oncologista e radioterapeuta também se torna necessária.
Quando a paciente apresenta quadro de tumor localizado em estágios precoces, poderá ser retirado apenas um setor ou quadrante da mama, algumas vezes sendo necessário complementar os tratamentos com radioterapia. A necessidade ou não da quimioterapia será decidida após análise do tipo e tamanho do tumor, a agressão do mesmo e sua localização (se já acomete ou não estruturas fora das mamas).
Após a realização da mastectomia, a paciente precisará realizar sessões de fisioterapia para recuperar todos os movimentos e para aliviar mais rapidamente as dores. A fisioterapia é considerada tranquila e, normalmente, consiste em sessões de massagens localizadas com movimentos específicos para estimular a região.
São também prescritos alguns analgésicos para controlar a dor. Sobretudo, a recuperação total da cirurgia demora, em média, de dois a tres meses.
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