Nova casa aposta em receitas com cogumelos para o almoço e o happy hour

Restaurante Cogumelado, no Vale do Sereno, quer atrair todos os públicos, inclusive quem ama um bom churrasco

por Laura Valente 28/09/2018 10:00

Jair Amaral/E.M/D.A Press
Portobelo empanado (foto: Jair Amaral/E.M/D.A Press)

Nestes tempos de crescimento das comunidades vegetarianas e veganas, a aposta no cardápio à base de cogumelos promete fazer sucesso.

Mas o Cogumelado, restaurante recém-aberto no Vale do Sereno (na rua onde funcionava a balada Garage da Casa), quer atrair todos os públicos, inclusive quem ama um bom churrasco.

“A ideia do negócio começou quando eu buscava uma alternativa para a minha dieta. Comecei a preparar cogumelos no fogo de chão, testando o ingrediente em contato direto com a brasa. Logo depois, percebi a possibilidade de conservar o produto em azeite, nos mesmos moldes da carne de lata de antigamente. A técnica deu certo e fez um sucesso danado”, conta Thiago Azevedo, sócio da casa, montada em parceria com Luciano Queiroz e Ronan Oyama. O restaurante é o primeiro empreendimento do trio, que pretende investir em uma fábrica de cogumelo grelhado e em conserva.
Jair Amaral/EM/D.A Press
Ronan Oyama, Thiago Azevedo e Luciano Queiroz, donos do Cogumelado, propõem nova cultura gastronômica (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

Exclusividade

No cardápio do Cogumelado, apenas as sobremesas não levam o ingrediente, cultivado e distribuído por pequenos produtores locais, alguns exclusivos. “O shimeji não é o mesmo que faz sucesso nas gôndolas de supermercado. Para grelhar, preciso de um cogumelo maior, parrudo. Então, fechei parcerias que me permitem direcionar as características da produção”, explica Azevedo. O cogumelo-ostra (conhecido ainda como hiratake ou salmão), paris, portobello e shitake entram em receitas de pratos executivos, sanduíches e também nas porções para compartilhar.

Montado por Azevedo a partir de sua experiência empírica – “fui minha cobaia”, diz ele –, o cardápio convida o público a uma viagem. A proposta é “ficar cogumelado”, nova experiência à mesa. Entre as opções para almoço há risoto da Bahia (cogumelo à escolha do freguês com molho à base de dendê), tropeirão da massa (inspirado no clássico servido no Mineirão) e feijoada de cogus, entre outras pedidas. Todas custam R$ 26.

Alexandre Ferreira/divulgação
Tropeirão da massa (foto: Alexandre Ferreira/divulgação)

Para compartilhar, pode-se optar pela porção de churrasco de cogumelos (400g in natura) com pães de fermentação natural (R$ 40). É o carro-chefe do happy hour, com música ao vivo às sextas-feiras. Há, ainda, o acarajé da terra, conserva de shimeji baiano e porção de bolinho de feijão (R$ 20, meia; R$ 36, inteira); iscas de paris ou portobello (R$ 33, cada); e shimeji calamari – empanada, semelhante aos anéis de lula (R$ 33). O cliente encontra também duas opções de sanduíche com cogumelo-ostra grelhado na ciabatta (R$ 30, 200g; R$ 50, 400g).

Em homenagem às raízes mineiras dos sócios, todas as bebidas e drinques são servidos em caneca esmaltada. Há cervejas artesanais (a partir de R$ 10,90), vinhos (em taça e embalagem de 1l) e drinques, como o moscow mule, à base de espuma de gengibre e vodca (R$ 19,90).
Alexandre Ferreira/divulgação
Torta de chocolate (foto: Alexandre Ferreira/divulgação)

“Quando comecei a explorar o cogumelo, encontrei possibilidades infinitas. Vi que nós, brasileiros, ainda conhecemos pouco desse alimento fantástico. É nutritivo, sustentável e magnífico em termos de sabor, seja no churrasco, ensopados ou simplesmente salteado. Nossa ideia é abrir o mundo dos cogumelos, criar uma cultura de consumo. Sim, somos um público mais desconfiado, que olha de rabo de olho. Mas, na hora em que você conhece o sabor, apaixona-se de cara”, garante Thiago Azevedo.

COGUMELADO
Alameda do Ingá, 77, Vale do Sereno. (31) 3517-5539. Funciona de segunda a quarta-feira, das 11h30 às 14h30; quinta e sexta-feira, das 11h30 às 14h30 e das 17h à meia-noite; e aos sábados, das 12h às 22h.

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