Café Cine Brasil valoriza ingredientes típicos de Minas em seu cardápio

Reformulação recente no cardápio da casa deu mais destaque aos sabores regionais

por Eduardo Tristão Girão 26/06/2015 09:35
Fotos: Euler Júnior/EM/D.A Press
Chef Gabriel Trillo aposta no sabor do queijo canastra, da carne de sol e da canjiquinha (foto: Fotos: Euler Júnior/EM/D.A Press)
Gabriel Trillo, chef do Café Cine Brasil, no Centro, acredita que o cardápio que reformulou recentemente para a casa é o melhor desde a inauguração. Não se trata apenas de autopromoção: de fato, ao reunir o que fez de mais significativo ali desde outubro de 2013, quando o Cine Theatro Brasil foi reaberto, Trillo conseguiu interessante conjunto de receitas que têm os ingredientes típicos mineiros em primeiro plano. O chef, de 28 anos, não está inventando a roda, mas propõe essa comida em plena Praça Sete.

“O primeiro cardápio oferecia mais risotos e massas, destacava os filés. Fomos sugerindo pratos mineiros aos poucos e percebendo a avaliação dos clientes”, explica Trillo. Formado no Senac de BH, ele passou pelas cozinhas do Hotel Ouro Minas e do Verano, além de ter atuado como instrutor da instituição onde estudou. Nessa última fase, conheceu Edson Puiati, então coordenador do curso, que não apenas indicou o jovem para o cargo no Café Cine Brasil, mas deu consultoria para a montagem da casa.

Com o tempo, Trillo desenvolveu parceria com fornecedores. Um deles envia embutidos e defumados de Cajuri, na Zona da Mata, usados em diversas receitas da casa. Mesmo assim, não deixou de lado produções próprias, como a do carpaccio de carne de sol, servido com azedinha e requeijão escuro (R$ 12, individual), e da carne de lata, incorporada ao falso risoto de canjiquinha (usada no lugar do arroz) com queijo canastra, guarnição da costelinha (R$ 39, individual).

A pegada mineira se verifica também em preparos como o purê de batata incrementado com queijo canastra (para o filé ao molho de jabuticaba; R$ 39, individual) e a farofa de pequi (para a carne de sol de Montes Claros com mandioca cozida na manteiga de garrafa; R$ 39, individual). Sem falar de ideias simples, como usar manteiga de garrafa para saltear o linguine do bife ancho (R$ 69, individual) e milho verde fresco para o angu do frango com quiabo (R$ 36, prato individual).

DOCE Entre as sobremesas destacam-se o brownie (com castanha de baru e acompanhado por sorvete de creme; R$ 10) e o escondidinho de doce de leite (R$ 7), com camadas do quitute em pasta (trazido da cidade vizinha de Moeda) e de creme de queijo, gratinado com queijo de minas.

Petiscos, sanduíches, alguns pratos leves e massas completam o cardápio – um quadro-negro anuncia o prato do dia, como feijoada (às sextas) e paella mineira (com cortes de porco e frango, legumes, ora-pro-nóbis e couve, às quintas), ambos a R$ 33 (individual).

Para beber, há cervejas (a partir de R$ 5, long neck), poucos vinhos (começando de R$ 69, garrafa) e doses (a partir de R$ 5 cada). Os cafés (coado, expresso e em drinques) constituem a seção mais volumosa do cardápio e acompanham doces feitos no local (entre eles o pudim, R$ 7) e salgados terceirizados (há uma segunda opção de pão de queijo, com receita de Trillo, que leva provolone, R$ 3,50).

CAFÉ CINE BRASIL
Rua dos Carijós, 258, Centro. (31) 3243-4706. Aberto de segunda a quarta-feira, das 8h às 20h; quinta e sexta-feira, das 8h às 21h; sábado, das 9h às 21h.

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