Padre Fábio de Melo revela antigo vício em refrigerante: 'Escravidão'

Durante missa virtual de Páscoa, ele relacionou a superação do vício com o perdão

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Padre Fábio de Melo durante missa de Páscoa (foto: Reprodução/YouTube)
Padre Fábio de Melo revelou que era viciado em beber refrigerantes no passado, durante a missa virtual de Páscoa realizada neste domingo (4/4). Na celebração, transmitida em seu canal do YouTube, o sacerdote ainda falou sobre o perdão, necessário para a evolução espiritual, segundo ele.

“Eu não, eu sei o tanto que eu fui escravo dessa porcaria. Tem 20 anos que eu não ponho uma gota de refrigerante na minha boca porque era uma escravidão na minha vida. Você acha que eu quero reencontrar o meu escravizador?”, disse. 

E ainda continuou, relacionando o perdão com a superação do vício: “Você acha que vou abrir espaço para o meu cérebro voltar a ter o desejo por refrigerante como eu tinha há 20 anos, quando eu tomava 2,5 litros por dia? Incontrolavelmente. As pessoas são assim também. Eu perdoei o refrigerante, não levo mágoa dele. Eu digo ‘tem muita gente que gosta de você, mas eu não gosto, não”.

Fábio de Melo também explica como entende o perdão: “Não estou falando em reatar relacionamentos tóxicos que você custou a romper. Até a essas pessoas você precisa dar o perdão para elas não continuarem lhe fazendo mal, mas não é para reintegrá-las na sua vida para não correr o risco novamente de voltar”.

O padre esteve no palco do Domingão do Faustão, da Globo, em que prestou uma homenagem à mãe, Dona Ana Maria Melo, que faleceu vítima da Covid-19. “Pra mim é uma grande emoção cantar isso aqui hoje e poder fazer memória a essa mulher, que é a grande mulher da minha vida. Perdê-la na pandemia foi muito difícil porque eu me uni a dor de milhares e milhares de pessoas que estão precisando sepultar as pessoas que amam sem um rito de despedida”, disse.

“Foi a maior dor do mundo olhar aquele caixão lacrado e saber que ali estava o corpo que foi meu corpo, a mulher que me ensinou a falar, que me ensinou a viver, sentir, ser quem eu sou e não poder dizer adeus. E não poder dizer ‘Mãe, foi muito bom ser seu filho’. Falei alguns dias antes de ela ser entubada, mas é muito difícil”.