Celso Russomanno é condenado por falsa acusação no Patrulha do Consumidor

Segundo a decisão, 'a reportagem revelou-se sensacionalista e ofensiva'

Divulgação/Record
Patrulha do Consumidor (foto: Divulgação/Record)
A Justiça de São Paulo condenou o apresentador Celso Russomano e a Record TV a indenizar em R$ 25 mil uma empresa que foi alvo de uma acusação falsa no Patrulha do Consumidor, quadro do Cidade Alerta.

 
"Olha que malandragem", disse Russomanno na reportagem, acompanhado de um representante do Procon-SP. A distribuidora em questão, segundo a matéria, pagava R$23 pelo botijão e vendia por R$105 ao consumidor. As informações, no entanto, de acordo com a decisão judicial, eram falsas. 

"Sem fontes seguras e recheada de informações falsas, a reportagem revelou-se sensacionalista e ofensiva", diz a decisão do juiz Gustavo Coube de Carvalho, da 4ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo. 

A falsa acusação, segundo o magistrado, acabou por “prejudicar o pequeno empresário, que não merecia ser achacado em rede nacional”. Na defesa apresentada no processo, Russomanno e a Record disseram que os fatos reportados são "verídicos" e que as fontes da informação são "fidedignas". 

O juiz concluiu que a empresa pagava R$47 pelo produto na Petrobras e cobrava R$81 do consumidor, uma margem de R$34, menor que a metade da divulgada por Russomanno, de R$82.

Segundo a defesa, "a matéria jornalística foi absolutamente imparcial, profissional, de cunho informativo e investigativo". "A reportagem se baseou em denúncias feitas por consumidores que se sentiram indignados com o preço abusivo praticado pela empresa”, alega. As partes ainda podem recorrer da decisão.

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