Ruptura do tendão de Aquiles: lesão desafiadora afeta atletas e não atletas

Após a cirurgia ou tratamento conservador, a reabilitação é fundamental para o sucesso da recuperação

Reprodução/Tiago Baumfeld
(foto: Reprodução/Tiago Baumfeld)

O tendão de Aquiles, localizado na parte de trás do tornozelo, é um dos tendões mais robustos e essenciais do corpo humano. Desempenha um papel fundamental ao permitir que o músculo da panturrilha (gastrocnêmio e sóleo) se conecte ao osso do calcanhar (calcâneo), possibilitando a movimentação do pé e o impulso necessário para atividades cotidianas e esportivas. No entanto, mesmo com sua resistência, o tendão de Aquiles está suscetível a lesões, sendo a ruptura uma das mais temidas e debilitantes.

A ruptura do tendão de Aquiles ocorre quando as fibras que compõem essa estrutura se separam total ou parcialmente. Essa lesão pode ser resultado de diversas circunstâncias, tais como:

- Esforço excessivo: o tendão é submetido a repetidos esforços intensos sem tempo suficiente para recuperação, especialmente com atividades que requerem movimentos bruscos, saltos ou corridas súbitas.

- Envelhecimento: à medida que envelhecemos, a vascularização e a flexibilidade do tendão diminuem, tornando-o mais vulnerável a lesões.

- Atividades esportivas: atletas que praticam esportes que exigem mudanças rápidas de direção, como basquete, tênis e futebol, correm maior risco de ruptura do tendão de Aquiles.

- Sedentarismo:
a falta de atividade física pode enfraquecer o tendão, tornando-o mais propenso a rompimentos, mesmo em atividades diárias mais simples.

Quando ocorre a ruptura, os pacientes muitas vezes descrevem uma sensação semelhante a um estalo, seguida por dor intensa e dificuldade em caminhar ou apoiar o pé no chão. Em alguns casos, a ruptura pode ser acompanhada de um inchaço significativo na área afetada.

O diagnóstico da ruptura do tendão de Aquiles é realizado através de exame físico, em que o médico pode notar a falta de continuidade do tendão e realizar testes específicos para confirmar a lesão. Exames de imagem, como ultrassonografia ou ressonância magnética, também são úteis para fornecer mais detalhes sobre a extensão da ruptura e auxiliar no planejamento do tratamento adequado.

O tratamento pode variar de acordo com o grau da ruptura e a condição física do paciente. Em casos de rupturas parciais ou em pacientes idosos e sedentários, o tratamento conservador, que inclui imobilização temporária com bota de gesso ou órtese, pode ser uma opção. No entanto, em pacientes mais jovens e ativos, assim como em rupturas completas, o tratamento cirúrgico é geralmente recomendado para restabelecer a funcionalidade completa do tendão.

Após a cirurgia ou tratamento conservador, a reabilitação é fundamental para o sucesso da recuperação. Fisioterapia e exercícios específicos são essenciais para fortalecer os músculos da perna e recuperar a flexibilidade do tendão, permitindo que o paciente retorne gradualmente às suas atividades diárias e esportivas.

Em suma, a ruptura do tendão de Aquiles é uma lesão desafiadora que pode afetar tanto atletas de alto rendimento quanto pessoas que levam uma vida ativa. A prevenção é sempre o melhor caminho, incluindo o aquecimento adequado antes do exercício, o uso de calçados adequados e a prática regular de atividades físicas para fortalecer os músculos e tendões.

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