O médico disse que eu melhoraria em pouco tempo, mas não melhorei. E agora?

A medicina não é matemática. É uma ciência humana, subjetiva

Darko Stojanovic/Pixabay
(foto: Darko Stojanovic/Pixabay )

É meus amigos, quem nos dera a nós, médicos, que essa situação fosse incomum, mas não é. A resposta de cada paciente a uma recuperação de uma doença específica depende de inúmero fatores.

Como gosto de dizer aos meus pacientes, começo essa explanação aqui dizendo que a medicina não é matemática, ela é uma ciência humana, subjetiva. Se o tempo de recuperação pudesse ser estimado por matemática, talvez a precisão seria maior (ainda que a matemática erre às vezes).

Para estimar o tempo de melhora nos baseamos nos casos prévios descritos na literatura médica, e na observação pessoal. Entretanto, no meio desse caminho está o mais importante: a resposta individual. Essa sim é extremamente variável.

Padrão muscular, histórico, alimentação, sono, empenho na reabilitação, aderência ao tratamento e genética contribuirão de forma conjunta para modular a resposta daquele indivíduo específico.

O que posso dizer para você que está a três ou quatro semanas além do seu deadline de recuperação é: se acalme, tenha paciência, respeite o seu corpo e mantenha o otimismo. Sim, o otimismo é também fundamental no processo de melhora.

Se algo sair do percurso, contem conosco, médicos, para te ajudar a voltar para o mesmo.

Se cuidem!