A prevalência de diabetes está aumentando no mundo todo, aliada ao aumento e ao envelhecimento da população. A pandemia do coronavírus trouxe impactos relevantes na assistência a esses pacientes, uma vez que muito deixaram de fazer sues controles médicos regulares e também alteraram hábitos alimentares e rotinas de atividades físicas.
saiba mais
Em 2012, os EUA gastaram 245 bilhões de dólares com diabetes e as despesas médicas foram em média 2,3 vezes mais altas em pacientes diabéticos, em comparação ao não-diabéticos. São dados realmente impressionantes e que destacam a magnitude desta doença.
Pessoas com diabetes apresentam um risco duas a quatro vezes maior de doenças cardiovasculares (infarto; AVC; amputações) e tem uma probabilidade até três vezes maior de morrer após um infarto do miocárdio que pessoas sem diabetes.
O diabetes mellitus é definido como um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia (glicose elevada, acima de 125 mg/ dl), resultantes de defeitos na secreção de insulina, na ação da insulina ou de ambas. A hiperglicemia crônica do diabetes está associada a danos em longo prazo, à disfunção e à insuficiência de vários órgãos, especialmente olhos (retinopatia diabética), nervos (neuropatia diabética), coração (infarto) e vasos sanguíneos periféricos (AVC; amputações).
O diabetes é um grande fator de risco estabelecido para desenvolvimento das doenças cardiovasculares. Como a pandemia afetou o cuidado desses pacientes?
A emergência sanitária do novo coronavírus afetou o cuidado dos pacientes de diversas maneiras. Sendo os diabéticos também um grupo de risco para o vírus, muitos pacientes, com medo de se deslocarem aos centros de saúde, abandonaram seus controles regulares.
Nos momentos de maior demanda hospitalar pelos pacientes infectados pelo vírus na sua forma grave, a indisponibilidade ou a carência de leitos hospitalares também teve impacto na assistência prestada a pacientes com doenças cardiovasculares que necessitavam de internações. Um grande desafio para o sistema de saúde, que mesmo assim conseguiu superar as dificuldades graças ao empenho de todos os envolvidos na assistência.
A mudança de hábitos alimentares também teve impactos negativos. A cultura da refeição pelo aplicativo de celular traz consigo alimentos nem sempre muito saudáveis.
Resta considerar ainda como o confinamento e o fechamento de clubes e academias alteraram e dificultaram completamente a rotina das atividades físicas. Sabe-se que o controle do diabetes e das doenças cardiovasculares se apoia no tripé:
- alimentação saudável;
- atividades físicas;
- medicamentos.
Exercícios regulares, modificações individuais dos hábitos alimentares e abandono do hábito de fumar são importante mudanças de estilo de vida para a prevenção primária do diabetes e das doenças vasculares.
Felizmente, tudo indica que o pior momento já passou. Aos poucos as atividades estão sendo retomadas, sem contuto deixar de lado as medidas de prevenção. Um alívio para os pacientes e também para os médicos.
Tem dúvidas? Quer mandar sugestão de tema para a coluna? Envie email para Lgbez@terra.com.br