Qual a pior dor que podemos ter?

A dor faz parte da vida e da nossa relação com nosso corpo. Podemos dividir a dor em várias características, momentos e intensidades

Andrea Piacquadio/Pexels
(foto: Andrea Piacquadio/Pexels)

Acho que talvez essa seja uma das piores sensações que podemos ter, mas também uma das mais comuns. A dor faz parte da vida e da nossa relação com nosso corpo. Podemos dividir a dor em várias características, momentos e intensidades.

Dores comuns e até mesmo esperadas são aquelas que aparecem como consequência de algum fator predisponente, como enxaqueca após comer chocolate ou tomar vinho, ou até mesmo após dormir em um colchão diferente ou dirigir por muito tempo. Essas são, na maioria das vezes, mas toleráveis e apresentam boa resposta com medicações comuns.

Mas nós somos pessoas diferentes, com sensações singulares e ímpares. Cada um tem a sua própria relação com a dor. E, nesse contexto, definimos que a pior dor do mundo é aquela que estamos sentindo como indivíduos, e o quanto conseguimos tolerar essa sensação e qual a relação dela com o contexto que vivemos.

Se estamos tristes, cansados, deprimidos, dormindo mal, com certeza uma dor mais simples pode trazer sensações muito piores, e o contrário também é verdadeiro. A tolerância à dor tem influência hormonal, muscular e psicológica. Todos esses fatores interferem em nossa interpretação de intensidade. Portanto, não se sinta mal se você sentir uma dor maior que outra pessoa, mesmo ela sendo de características parecidas. Cada um responde de um jeito e tem processo de melhora diferente.

Devemos sempre nos atentar para os fatores que trazem benignidade ou preocupação em relação à dor. Dores derivadas de ações e fatos comuns do dia a dia, como pós atividade física, pequenos traumas e até mesmo doenças simples (dor de garganta, cólicas, entre outros) devem ser fugazes, não duram muitos dias e melhoram com medicações analgésicas simples.

Já aquelas dores que perduram por vários dias, atrapalham o sono, têm sinas infamatórios (edema, vermelhidão), atingem vários locais do corpo e até mesmo limitam nossos movimentos, devem ser investigadas com maior cautela para tratar o fator causal e potencializador.

A dor é individual, cada um sente e interpreta de forma diferente. Por mais que algumas sejam mais intensas que outras, cada um se comporta à sua maneira.