O que fazer quando um osso quebrado não consolida?

Vários fatores podem influenciar para que um osso não evolua para cicatrização completa

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(foto: Pixabay)

Quem já passou pela desagradável sensação de ter um osso quebrado sabe bem o quanto desejamos não passar por isso mais de uma vez na vida. Às vezes sentimos dor somente de ver alguém com uma deformidade no braço ou na perna em consequência de um osso quebrado. Pais quase se desesperam quando acontece com seus filhos.

Depois do tratamento das fraturas, precisamos ter todo o ambiente perfeito para que ela evolua com uma consolidação completa do osso, permitindo que este retorne ao seu normal. Mas nem sempre isso ocorre.

Vários fatores podem influenciar para que um osso não evolua para cicatrização completa. Quando as fraturas são expostas, ou seja, o osso tem contato com o meio externo, ocorre uma diminuição do potencial de cicatrização e vascularização daquela área aberta.

Isso pode influenciar negativamente a cicatrização completa. Pessoas que fumam, diabéticos, imunossuprimidos, com deficiência de vitaminas e com alterações hormonais, também podem ter dificuldade para cicatrização osso. Outro fator importante é a localização da fratura - existem áreas do osso que são menos vascularizadas e têm maior potêncial de não cicatrizar.

Mas o que podemos fazer quando um osso não consolida?

O período médio para cicatrização óssea inicial é de 45 dias. Após esse período, até o sexto mês, quando não há cicatrização completa, chamamos de retardo de consolidação. Após seis meses de tratamento e o osso ainda não colou, há um baixíssimo potencial de evoluir para uma cicatrização completa e damos o nome de pseudoartrose da fratura.

Durante o período de 45 dias até o sexto mês nós utilizamos métodos que visam melhorar a bio disponibilidade de nutrientes e a estabilidade da fratura. Usamos vitaminas, hormônios, íons, colágeno e até mantemos por um período maior da imobilização com gesso e/ou restrição de apoio e peso no local.

Se o acompanhamento com exame de imagem não mostrar boa evolução, podemos utilizar aparelhos de onda de choque, aparelhos que modificam a carga magnética do local e até mesmo estímulos externos compreensivos.

Se mesmo com todos esses métodos a fratura não evidenciar consolidação até o sexto mês, uma nova intervenção cirúrgica no local é necessária para que haja uma melhora do quadro biológico e de vascularização do osso. Isso normalmente é realizado com enxertia autologa, ou seja, colocando osso do próprio paciente no local para que aumentemos o estímulo de cicatrização.

E você? Já passou por isso ou conhece alguém que tenha passado? Siga as dicas para sempre estar atualizado com as informações em saúde esportiva e ortopédica.