Rejeição de transplante de coração em crianças é revista

De uma forma geral, crianças que receberam o coração mesmo não sendo completamente indicado vivem no mínimo um ano a mais

por Correio Braziliense 29/04/2015 14:00

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Cristiano Gomes/CB/D.A Press
(foto: Cristiano Gomes/CB/D.A Press)

Crianças submetidas a um transplante de coração que não é compatível têm melhores expectativas de sobrevida do que aquelas cujo médico espera por um órgão com menos chances de ser rejeitado. A constatação vem de pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia, nos Estados Unidos. Eles chegaram à conclusão após analisar os dados de 2.700 garotos e garotas com 5 anos em média e à espera do órgão vital.

De uma forma geral, aquelas que receberam o coração mesmo não sendo completamente indicado vivem no mínimo um ano a mais. Os cientistas estudaram os dados clínicos dos participantes durante 10 anos, de 1999 a 2009. Brian Feingold, autor principal da pesquisa e diretor médico do Hospital Pediátrico da universidade norte-americana, defende que, levando em conta que os pacientes estão em risco extremo de morte, vale a pena apostar na terapia que combata a ação dos anticorpos que podem vir a atacar o coração em vez de esperar o órgão mais adequado. Principalmente quando a contagem dessas proteínas de defesa indicam que elas não estão em uma quantidade tão expressiva.

“Uma das próximas perguntas é se os baixos níveis de anticorpos identificados por meio de técnicas modernas de detecção são clinicamente significativos. Eles são um prenúncio de problemas ou apenas um falso positivo que, potencialmente, altera o atendimento ao paciente, com efeitos importantes sobre a sobrevivência e os custos de cuidados?”, questiona Feingold. Segundo ele, até 20% das crianças que aguardam um transplante cardíaco podem apresentar anticorpos que dificultem o procedimento. A pesquisa indicou ainda que implantar o órgão disponível mesmo que ele não seja completamente compatível representa uma economia de US$ 122.856.