Anote alguns segredinhos que garantem uma ótima saída com o cachorro

Sair de casa com o pet é extremamente importante para a saúde do animal

por Revista do CB 04/04/2014 14:20

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Eles adoram sair por aí. Seja qual for o dia, eles gostam de ir para a rua e se divertir. Caminhar diariamente com seu cachorro é extremamente importante para a saúde dele — e para a sua também. O problema é que, às vezes, o bem-estar do animal não coincide com o do dono. Sobretudo, se a mascote puxa a coleira, late para todo mundo e sai correndo quando vê outro cão.

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Isabel Gomes conta que as caminhadas com Caê nem sempre foram divertidas (para ela): foi necessário adestrá-lo (foto: Janine Moraes/CB/D.A Press)
Como evitar essa situação? Duas técnicas são muito eficientes na hora de ensinar seu cão a passear. A primeira é o chamado contracondicionamento, que trabalha com estímulos positivos. A ideia é premiar o cão sempre que ele se comportar bem. Por exemplo, se a mascote precisa superar algum medo, dê-lhe um brinquedo, um petisco ou faça carinho.

Outra técnica muito comum é a da dessensibilização, que consiste em diminuir um comportamento arraigado. Assim, o bicho se acostuma com algo que antes causava uma reação negativa. Por exemplo, se ele latia para alguma pessoa específica, aumente aos poucos a convivência com ela, para transmitir segurança ao pet. Por fim, premie o avanço dele com algum mimo.

Guias e coleiras são acessórios corriqueiros para facilitar as saídas. O tipo a ser escolhido depende do comportamento do animal. Cachorros adestrados podem usar somente uma simples guia. Nos mais “rebeldes”, são usadas guias do tipo cabresto, que servem para frear mesmo. Já as guias do tipo peitoral, embora muito populares, têm o defeito de incentivar a puxada do cão.

A estudante Isabel Gomes, 22 anos, e Caê, um golden retriever de 1 ano, passaram por uma longa adaptação. A hora do passeio era muito difícil, o animal era muito agitado, não obedecia, comia objetos da casa, pulava e mordia. Foi assim até ser adestrado. “O Caê pulava muito em todos e mordia — não para machucar, mas como uma forma de brincadeira. Esse comportamento se repetia na hora de passear. Ele também se distraía muito facilmente, me puxava para a grama e outros lugares que ele queria cheirar”, conta a dona.

Hoje, Caê é submetido às sessões de adestramento (duas vezes por semana) e, sempre que pode, nada no Lago Paranoá. Os resultados são visíveis. “Ele está muito mais tranquilo, a atenção dele não se dispersa tanto e ele já não fica pulando em mim durante o passeio, nem querendo cheirar tudo. Agora, eu tenho mais facilidade para que ele vá para onde eu quero. Ele já caminha ao meu lado e o próximo passo é conseguir correr com ele”, planeja Isabel.

O tempo ideal de passeio depende muito da resistência do bicho. A dica é: antes de se preocupar com a duração, preocupe-se com a frequência. O ideal é que o cachorro seja levado para o passeio diariamente ou de três a quatro vezes por semana. “Tenha bom senso, observe se seu cão está cansado. Lembre-se de que haverá a volta. Comece fazendo passeios mais curtos e vá aumentando o percurso gradativamente”, aconselha a adestradora de cães Sofia Bethlem.

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Márcia Aranha é uma passeadora profissional de cães (foto: Janine Moraes/CB/D.A Press)
Se você não tem tempo para passear com o animal, procure especialistas. Diversas pessoas e empresas oferecem o chamado dog walking. Márcia Aranha é uma dessas passeadoras profissionais. Formada em jornalismo, ela resolveu se dedicar ao que mais gosta: cuidar de animais. O serviço inclui buscá-los em casa, levar para o passeio e cortar as unhas deles. “A maioria dos meus clientes é idosa, pessoas que não conseguem ou não têm disposição para passear com os bichinhos. Os cachorros deles ficavam o dia inteiro dentro de casa. Então, eles procuram o serviço para garantir a saúde e a atividade física do cão”, explica Márcia.

Segundo a dog walker, quando o animal entende que tem uma rotina de passeio e mantém um exercício diário, ele se adapta àquela realidade e vai ganhando condicionamento físico. Também é importante mostrar para o pet que você está no comando da situação. Todavia, não existe tempo de aprendizado. Cada cão tem seu tempo, suas facilidades e dificuldades. Respeite a individualidade do melhor amigo. Com certeza, ele retribuirá em dobro.

Para um passeio feliz

  • Leve água para o animal
  • Não se esqueça do saquinho plástico para recolher a sujeira
  • Coloque-o na coleira ou na guia
  • Tenha domínio e fale firme com o pet
  • Elogie quando ele se comportar
  • Mantenha a periodicidade dos passeios

Sem coleira?

Alguns donos levam o cachorro passear sem coleira. Mesmo o cachorro sendo socializado e adestrado, profissionais reprovam essa prática. “O perigo é grande. O cão pode ser atraído por alguma coisa e acabar sendo atropelado, pode se aproximar de um cão maior e ser atacado (mesmo cães dóceis podem brigar com outros cães). E ainda podem se aproximar de pessoas que, com todo direito, não gostam de cães”, explica o adestrador Carlos Júnior.