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Por outro lado, aquele que emana a má energia pode adoecer, já que existe nisso a lei da ação e reação. E, para os estudiosos da área, tudo aquilo que se deseja de ruim a alguém volta para si. “Fale menos da sua vida. Isso vale tanto para as coisas ruins quanto para as boas”, aconselha a benzedeira, lembrando que as redes sociais podem, sim, alimentar tudo isso. E repete: “Não se exponha tanto. Sua alegria pode torná-lo frágil e incomodar muita gente”.
Sem cobrar pelo serviço, já que em se tratando de bênção nada pode ser cobrado, ela atende cerca de 10 pessoas por dia em Belo Horizonte e diz que a inveja é algo inerente ao ser humano, e o que muda de uma pessoa para outra é a maneira de lidar com esse sentimento. “Uma mulher, ao invejar o corpo da outra, pode fazer atividades físicas para ter o visual parecido ou desejar que aquela engorde”, compara.
Para Maria, não existe a inveja boa ou “branca”, como já ouvimos dizer por aí. “Esse é um sentimento ruim e o que muda é a maneira como lidamos com ele.” De acordo com ela, o invejoso é detectável, pois geralmente são pessoas que dizem palavras negativas, têm olhares marcantes para determinada coisa e estão no convívio do invejado. “Eles chegam a dizer ‘estou com inveja de você’”, alerta Maria, dizendo que a alegria alheia incomoda e desperta esse pecado capital, tanto é que, para ela, hoje, as redes sociais, em que os usuários expõem seus momentos felizes, servem como um despertar para o mau-olhado. “Há pessoas que gostam de provocar as outras. Isso não é bom, o melhor é sempre ser mais reservado sobre a sua vida.”
Falando assim, esse sentimento pode até parecer algo esporádico na sociedade, porém, “é mais comum do que se imagina”, conforme comenta a terapeuta quântica e fundadora do Instituto de Pesquisas em Terapia Quântica, Carmem Farage. Segundo ela, o Facebook, por exemplo, se tornou um ambiente para as pessoas se mostrarem. “As pessoas nunca postam ali o que elas têm de ruim, mas o que acham que pode provocar no outro. Nessa brincadeira, não sabem a proporção que isso pode tomar e voltar contra elas mesmas.”
Na visão da Carmem, a inveja é uma das energias mais destrutivas que podemos observar naquele que a detém. “O invejoso é aquele que não sabe limitar seus desejos. Aquilo que ele não possui o tortura a ponto de negar aquilo que tem para desejar o que o outro tem. Nossa sociedade, estruturada como está, torna esse sentimento negativo tão comum que passamos a achá-lo normal. Mas não é. Ele consome quem o sente, podendo levar a pessoa a atos muito destrutivos.”
Reconhecendo que todos temos esse sentimento, Carmem diz que, em certo grau, ele é até saudável. Isso porque, segundo ela, esse pecado capital pode impulsionar a pessoa a melhorar de vida. “Chega a ser necessário, uma vez que impulsiona você a buscar algo. Somos seres desejantes. Porém, em um grau maior, a inveja vai além.”
Ela diz que a insatisfação generalizada trará sentimentos e atitudes indesejáveis na vida do indivíduo: o ódio, o ciúme, a alegria com a desgraça alheia, o desconforto com o sucesso alheio, a maledicência, a calúnia, a imitação e o roubo. “As consequências disso são mágoas, tristezas, lamentações, nostalgia, desprezo, indignação, urgência em satisfazer suas vontades – descontentamento em geral. Uma lista de energias tão negativas que acabam com a pessoa, podendo trazer doenças físicas a médio prazo.”