Dieta mediterrânea ajuda a combater a demência

Pesquisa americana com pessoas saudáveis conclui que os adeptos foram 19% menos propensos a desenvolver problemas em suas habilidades de memória e raciocínio do que os que não comem os itens da dieta

por AFP - Agence France-Presse 30/04/2013 14:30

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Henrique Peron/Divulgação
Peixe, frango e azeite de oliva - além da baixa ingestão de laticínios gordurosos e carne - compõem a dieta mediterrânea (foto: Henrique Peron/Divulgação)
A dieta mediterrânea, à base de peixe, frango e azeite de oliva, com baixa ingestão de laticínios gordurosos e carne pode reduzir os riscos de os indivíduos virem a sofrer de problemas de memória mais tarde na vida, revelou um amplo estudo americano publicado esta segunda-feira.

Mas os efeitos benéficos de seguir uma dieta rica em ácidos-graxos e ômega 3 não se estendem às pessoas com diabetes, revelou a pesquisa publicada no periódico médico Neurology, da Academia Americana de Neurologia.

As descobertas, descritas como o mais amplo estudo do tipo feito até agora, se basearam na informação dietética de 17.478 afro-americanos e caucasianos com média de idade de 64 anos.

Em pessoas saudáveis, aqueles que ingerem regularmente uma dieta mediterrânea foram 19% menos propensas a desenvolver problemas em suas habilidades de memória e raciocínio do que pessoas que não comem estes alimentos. Não se observou uma grande diferença no declínio cognitivo entre brancos e negros.

"A dieta é uma importante atividade mutável que pode ajudar a preservar o funcionamento cognitivo mais tarde na vida", afirmou Georgios Tsivgoulis, médico da Universidade do Alabama em Birmingham e da Universidade de Atenas, Grécia.

"No entanto, é apenas uma de várias importantes atividades de estilo de vida que podem desempenhar um papel no funcionamento mental da velhice", acrescentou.

"Praticar exercícios, evitar a obesidade, não fumar cigarros e tomar medicamentos para controlar diabetes e hipertensão também são importantes", emendou.

O estudo foi financiado pelo Instituto Nacional de Distúrbios Neurológicos e Derrames, que integra os Institutos Nacionais de Saúde, e pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos.