Nando Reis grita 'Fora Bolsonaro' durante show em MG

'Quem tem coração sabe o que tem que fazer: Fora Bolsonaro', disse o cantor e compositor

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Nando Reis grita 'Fora Bolsonaro' no festival Prime Rock Brasil (foto: Reprodução/YouTube)

No último fim de semana, o cantor e compositor Nando Reis se apresentou no festival Prime Rock Brasil, que aconteceu na Esplanada do Mineirão, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Nando recebeu no palco Randa Kunã Poty Rory, representante do povo Guarani-Kaiowá. Para os não indígenas, Randa é conhecida como Ana Lúcia Rossate.

 

A rapper se apresenta como MC Anarandá, que é a junção de seus dois nomes, ela rimou, cantou uma música tradicional indígena e fez um discurso onde falou sobre todo o massacre e as humilhações aos quais os índios estão sendo submetidos desde o início do governo Bolsonaro. Anarandá ainda pediu socorro para seu povo em Amambai, que vem sofrendo uma série de ataques em Mato Grosso do Sul. 

 

"Nós estamos pedindo socorro. O apoio de todos vocês, todos os artistas, chamando a atenção para que olhem para o nosso povo. O nosso povo está morrendo! A Amazônia está sendo atacada!", desabafou, questionando ainda o que tem sido feito para proteção dos povos tradicionais. 

 

No fim da apresentação da cantora, Nando protestou contra o presidente da República Jair Bolsonaro (PL) e gritou o coro "Fora Bolsonaro".

 

"Contra o que está acontecendo, contra o que foi exposto aqui no palco, não há argumento. Quem tem coração sabe o que tem que fazer: Fora Bolsonaro", gritou o músico.

 

O artista foi muito aplaudido, mas também ouviu algumas vaias de uma minoria e Nando Reis dá o recado: "Eu tô com os povos indígenas. E quem tá vaiando não tá sacando nada!".

 

Confira, abaixo, o vídeo:

Nas redes sociais, Nando Reis disse que "por intermédio de Célia Xakriabá, conheci a Anarandá MC do povo guarani-kaiowá que participou de Relicário hoje no show da Prime Rock Brasil. Diante de sua presença, ouvindo seu relato, seu canto, fiquei ainda mais convicto de que o mundo está ao contrário. O Brasil é sanguinário. A matança das vidas e das culturas dos povos originários, que começou com a chegada dos portugueses e agora conta com o incentivo desse desgoverno, é de uma crueldade sem tamanho. Quem não vê isso, não tem coração. Não há desculpa, não há argumento, só há uma coisa a ser feita: enxovalhar essa escória em outubro!".

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