Taylor Swift vai regravar as próprias músicas vendidas sem autorização

No Twitter, a cantora disse que as músicas autorais foram vendidas pela segunda vez sem o conhecimento dela

Correio Braziliense 19/11/2020 08:41
LEON BENNETT/FILMMAGIC; JOHN SALANGSANG/VARIETY/SHUTTERSTOCK
Taylor Swift e Scooter Braun estão em uma disputa pelos direitos das músicas da própria cantora (foto: LEON BENNETT/FILMMAGIC; JOHN SALANGSANG/VARIETY/SHUTTERSTOCK)
A compositora e cantora Taylor Swift publicou, nesta segunda-feira (16/11), uma carta no Twitter para explicar mais sobre o processo de venda de álbuns antigos, feito pelo empresário Scooter Braun. Segundo a artista, foi a segunda vez que as produções dela foram vendidas sem que ela tivesse conhecimento. Por isso, anunciou que está em processo de gravação dos discos antigos, para que tenha controle sobre eles.

Há um ano, a Big Machine Label Group, produtora que detinha os primeiros álbuns de Taylor Swift, foi vendida para a Ithaca Holdings, do empresário Scooter Braun. Com isso, a cantora ficou sem poder sobre as próprias produções, que ficaram sob controle de Braun. Após 17 meses da ação, o material foi vendido, em torno de U$ 300 milhões, para a Shamrock Holdings, empresa de lucro privado.
 
 

Gravação de músicas

A fim de encerrar a situação de não deter o controle das composições autorais, Taylor Swift começou a regravar músicas antigas. A compositora disse ter conhecimento de que, provavelmente, isso diminuirá o valor das masters velhas, porém que é uma medida para retornar o prazer pelas canções e também de não envolver Scooter Braun.

“Essa é a minha única maneira de recuperar o orgulho que já tive de ouvir as músicas dos meus primeiros seis álbuns e também de permitir que meus fãs ouçam esses álbuns sem o sentimento de culpa por beneficiarem Scooter”, escreveu a cantora na carta enviada para a Shamrock Holdings.

Por parte da empresa Shamrock, nesta segunda-feira (16/11), eles responderam o anúncio feito pela cantora do pop. Elogiaram a carta de Taylor e comentaram sobre ela ser uma artista com um catálogo diverso e que não se limita a questão do tempo. 

“Fizemos esse investimento porque acreditamos no gigante valor e oportunidade que vêm com seu trabalho. Nós respeitamos e apoiamos totalmente sua decisão e, por mais que tenhamos essa tentativa de parceria, também sabíamos que esse desfecho era provável. Agradecemos as conversas sinceras e o profissionalismo de Taylor nas últimas semanas. Esperamos fazer parcerias com ela de novas maneiras futuramente e permanecemos comprometidos em investir na obra de artistas”.

Negociações

De acordo com a carta publicada por Taylor Swift, a produtora Shamrock procurou a artista para negociar futuras parcerias. Entretanto, a cantora ficou ciente de que Scooter Braun lucraria com isso, por isso não concordou com nada. "Eu estava esperançosa e aberta à possibilidade de uma parceria com a Shamrock, mas a participação de Scooter é um impeditivo para mim.”

Além disso, antes da venda ser realizada, Taylor Swift contou que a equipe dela procurou Scooter Braun para possíveis negociações, mas que, em troca, o empresário exigiu que a cantora assinasse um contrato para se comprometer que não falaria mais mal dele. A artista, em 2020, utilizou alguns elementos para deixar implícito o desejo por lucro dos negociadores por trás das canções no clipe de The man.

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