Ao embarcar para o último show da Banda Uó em Brasília, no último domingo (4), a cantora Candy Mel passou por uma situação constrangedora no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Segundo ela, agentes da Polícia Federal adotaram uma atitude 'transfóbica' para lidar com uma situação inesperada. Ao ser chamada para uma revista, ela acreditava se tratarn de uma revista de bagagem, mas surpreendeu-se aos agentes informarem ser uma revista física.
''Dois caras queriam me revistar, alegando que no meu documento constava masculino. Eles me coagiram, me levaram para uma sala com dois caras para fazer uma revista em mim, e eu não aceitei'', relatou, por meio do recurso Stories, do Instagram. ''Eu fui super coagida, mas eles não vão tocar em mim. Eu não vou cooperar. Eles me levaram para uma sala; eu estava jurando que era uma revista comum de bagagem, e de repente eles trancaram a porta, eu e eles dentro de uma cabine, e eles pediram para eu tirar a roupa. Eu só não fui mais coagida porque a banda e a equipe inteira estavam aqui e acompanharam''.
saiba mais
Banda Uó divulga o single de despedida 'Tô na rua'; confira
Banda Uó promete single de despedida antes de pausa na carreira
Banda Uó faz último show em Belo Horizonte antes de pausa nas atividades
Banda Uó anuncia pausa na carreira; agenda de shows vai até o Carnaval
Comentarista do Oscar na TV diz que mulher trans é, 'na verdade, um rapaz' e revolta internet
''Foi muito violento, e se aconteceu comigo, é muito fácil acontecer com qualquer outra, sabe? Eu fui tratada como uma criminosa, como alguém que não tinha direito de escolher o procedimento que fosse acontecer, como alguém que não tinha direito algum. E todo esse preconceito começa pelo fato de eles selecionarem a pessoa do nada, eles não estavam pedindo o documento de ninguém, eles pediram o meu especificamente e criaram todo um mistério atrás disso'', completou.
Que absurdo! A cantora @candymel foi detida no aeroporto do Galeão em uma atitude claramente transfóbica. Na semana em que o STF garantiu o direito das pessoas trans retificarem seus documentos, é vergonhoso que a Mel seja submetida a essa situação vexatória e constrangedora. pic.twitter.com/Fmz9tYGx3R
— Jean Wyllys (@jeanwyllys_real) March 4, 2018