Cafeteria em SP cobra pelo tempo que o cliente fica no local e não pelo consumo

Na Lemni, é possível consumir café e quitandas à vontade, além de esquentar a própria comida no microondas do local. Os primeiros 30 minutos custam R$ 12

por Agência Estado 12/07/2016 16:15
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(foto: Facebook/Reprodução)
Ao chegar ao número 781 da Rua Simão Álvares, em Pinheiros, o visitante se depara com um estabelecimento cheio de graça desde a primeira vista. Uma lousa na entrada dá as boas vindas: "Vende-se tempo". Só por essa frase, já dá para perceber que este não é um café qualquer.

Inaugurado há menos de duas semanas, o Lemni se intitula um anti-café e, apesar de soar estranho em português, o nome é inspirado em cafeterias de Moscou, na Rússia, que não cobram pelo consumo e sim pelo tempo que o visitante passa no local.

Durante a estadia, é possível consumir cafés (coado, expresso e na prensa francesa são alguns dos tipos), chás, pães, biscoitos, bolos e água à vontade. Além disso, é possível levar a própria comida e esquentar no microondas do local - talheres, pratos, bandejas e guardanapos também são disponibilizados à vontade.

Funciona assim: o visitante chega, recebe uma comanda com seu nome e com o horário da chegada e, na hora de sair, ele apresenta a comanda e a atendente faz as contas de acordo com os minutos passados no local. Os primeiros 30 minutos custam R$ 12, e, a partir disso, a cada 15 minutos é cobrado mais R$ 3.

Basta ficar lá por alguns minutos para perceber que o público vai mesmo é para trabalhar: há grandes mesas retangulares equipadas com tomadas e luminárias, além de Wi-Fi gratuito. Também há mesas ao ar livre, perfeitas para quem quer levar um amigo de quatro patas.

O cuidado com a decoração é visível em cada detalhe. Na parte exterior, caixas de feira presas na parede funcionam como suporte aos vários vasos de plantas, que dividem espaço com mesas redondas com cadeiras coloridas. Ao passar uma porta de vidro, o pequeno espaço ganha tijolos brancos por todas as paredes, mesas de diferentes cores e formatos e prateleiras com toques de cor - e mais vasos de flores. Ao fundo, um balcão para pedir cafés e conversar com as criadoras - incrivelmente simpáticas.

Como toda novidade, o modelo de negócios do Lemni pode causar estranhamento na maioria. Será que os 'anti-cafés' vão fazer sucesso por aqui? Justamente por ser uma das primeiras cafeterias do tipo em terras brasileiras, não há como responder. De qualquer forma, é uma nova forma de explorar o comércio local e uma experiência (ainda) única na cidade.

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