Hambúrgueres e drinques são a aposta do Bar do Convés, em varanda de casa modernista

Casa funciona dentro do espaço de coworking Guaja, no Funcionários. Pedro Mendes, que passou pelo Alma Chef, comanda a cozinha

por Eduardo Tristão Girão 10/06/2016 11:00
Bruno Senna/Divulgação
(foto: Bruno Senna/Divulgação)
Foi uma tremenda boa ideia a da designer Beatriz Maranhão, em 2013, ao transformar parte da casa modernista que ocupava com sua loja, no Funcionários, em restaurante. Era uma das melhores varandas da cidade, atendida por restaurante de comida paraense que, infelizmente, durou pouco. Pois a casa foi reocupada em fevereiro pelo projeto de coworking Guaja, incluindo um braço gastronômico, o Bar do Convés. Hambúrgueres e drinques são as especialidades locais.

À frente da cozinha está Pedro Mendes, cozinheiro de 24 anos formado pela universidade Estácio de Sá e com passagens pelos restaurantes Alma Chef, Vecchio Sogno e La Palma, além de temporada na Austrália. Conheceu dois dos sócios do Guaja quando cozinhava no bar vizinho A Alfaiataria. A princípio, a ideia era montar um restaurante, mas como Mendes havia conquistado certa fama com sanduíches, o trio decidiu apostar numa hamburgueria.

“Quanto mais simples a receita, melhor ela fica e, ao mesmo tempo, mais difícil é surpreender o freguês”, teoriza o chef. Ele batizou todos com nome de prédios de Belo Horizonte. O Montezuma (R$ 28) leva cheddar, bacon, aïoli (maionese de alho com páprica) e picles de cebola roxa no pão australiano – o hambúrguer é feito com mistura de contrafilé e fraldinha, preparado na chapa. Acompanha batata frita (não é congelada), que pode ser trocada por mandioca ou chips batata doce, e ketchup de goiabada.

Para breve, ele promete hambúrgueres de copa lombo e frango, mas já oferece um de linguiça e um vegetariano, este último à base de berinjela. Fora os sanduíches, há só três petiscos: batata (ou mandioca) frita com aïoli, ketchup de goiabada e molho barbecue (R$ 18), palmito pupunha na manteiga com redução de vinagre balsâmico (R$ 23) e tulipa de frango ao molho de mostarda e mel (R$ 19). Os dois últimos são “heranças” de sua passagem pelo Alma Chef, a exemplo do crème brûlée de doce de leite (R$ 14).

IMAGINAÇÃO Drinques ficam por conta da Drinks por Jezebel, empresa da bartender Cibele Guimarães, que concebeu alguns com nomes de mulher só para o bar. Exemplos são o Dona Beja (cachaça curtida com alecrim, limão siciliano, rapadura e pimenta de macaco, R$ 19) e o Clara Nunes (vodca, laranja, rapadura e cold brew, espécie de café extraído a frio, R$ 22).

Ela criou, ainda, mistura secreta de frutas batizada de guaja (um fruto rosado e imaginário foi inventado para representá-la, inclusive), com a qual são feitos outros drinques, além de suco, milkshake, sorvete e calda para sobremesa. Para beber, há também cervejas (a partir de R$ 7, long neck) e a expectativa é de que a oferta de rótulos locais seja ampliada. Por enquanto, há apenas um: a summer ale da Gangster (R$ 24, 600ml). Vinhos são sete, a partir de R$ 64 (garrafa).

A casa mantém, das 9h às 18h, mesa de lanche com café, leite, frutas, queijo, bolo, pão de queijo e outras quitandas à disposição dos que aparecem ali para trabalhar no espaço de coworking. Come-se e bebe-se à vontade e em esquema de autosserviço (sem garçom) a R$ 12 (hora) ou R$ 32 (o dia todo). Excepcionalmente no sábado que vem, dia 18, o bar abrirá para almoço com menu a cargo da Oca de Mani, empresa especializada em comida amazônica.

Bar do Convés
Avenida Afonso Pena, 2.881, dentro do Guaja, Funcionários. (31) 2127-1517. Aberto de segunda a sábado, das 18h à 0h.

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