Baobar, no Bairro Esplanada, oferece pratos da culinária africana em noites temáticas

O senagalês Imbrahima Gaye quer divulgar a cultura e a gastronomia de seu país em Belo Horizonte

por Mariana Peixoto 10/08/2012 07:00
Pedro Motta/Esp. EM/D.A Press
(foto: Pedro Motta/Esp. EM/D.A Press)
 
Há 14 anos radicado em Belo Horizonte, o senegalês Ibrahima Gaye vem, pouco a pouco, espalhando a semente da África na cidade. Primeiramente com a Casa África, produtora cultural, depois com o Consulado Honorário do Senegal, e mais recentemente com o Baobar – Gastronomia e Arte. Antes separadas, hoje as três iniciativas estão concentradas num mesmo espaço físico, de 600 metros quadrados, no Bairro Esplanada. 
Agora que o espaço está estabelecido, uma série de noites temáticas começa a ser promovida. Uma das novidades, sempre às quintas-feiras, é a chamada Noites gastronômicas. “A ideia é que as pessoas experimentem outros pratos da culinária africana. Cada noite será uma viagem pela gastronomia de um país”, comenta Ibrahima. A cozinha é comandada pela irmã dele, Ramatoulaye, que está há três anos em BH. A intenção é fazer com que as pessoas comam em conjunto, como ocorre na África. “Lá, esse convívio é muito comum. E quanto mais pessoas comerem juntas, mais barato vai ficar o prato”, acrescenta ele. Nas noites de quinta-feira, os pratos poderão ser pedidos individualmente e em porções para até seis pessoas.
Afora isso, em todos os dias o cardápio fixo do Baobar traz pratos e tira-gostos africanos. Pratos muito populares do Senegal são o mafe (carne ao molho de amêndoas com legumes e arroz, R$ 14) e o yassa (frango acebolado temperado com mostarda francesa e especiarias, arroz e salada, R$ 12). Já o fufu é mais comum na África Ocidental, em países como Guiné-Bissau (caldo preparado com azeite de dendê, bacalhau, quiabo, R$ 12). Para duas pessoas, o firir, outro prato senegalês (peixe frito com batata frita e salada à moda, R$ 36). 
A programação cultural do Baobar é também bastante diversas. As sextas têm foco na música, com noites de projetos especiais. Hoje será lançado Velhos da Coroa, “uma tentativa de resgatar o trabalho de guardiões da tradição oral e da cultura popular”, conta Ibrahima. O convidado é Mestre Conga, da velha guarda do samba. Aos sábados, as noites são dedicadas ao samba. Durante este mês, a cantora Sílvia Gomes estará acompanhada do Samba de Quintal. 
Para setembro, há alguns projetos em andamento. O Baobar passará a abrir para almoço aos domingos. Nas terças-feiras, o espaço vai promover noites ligadas à literatura e, nas quartas, ao cinema. 
 
BAOBAR – GASTRONOMIA E ARTE AFRICANA
Rua 28 de Setembro, 476, Esplanada, (31) 3653-4244. Aberto de terça a sábado, das 18h à meia-noite. 

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