É o restaurante que ajuda a promover a loja ou é a loja que viabiliza a existência do restaurante? Ao visitar casas como o café Sagrado e o recém-inaugurado bar Chicletes com Guaraná, essa é a pergunta que fica no ar. São endereços com dupla proposta: misturam fregueses que querem comprar (essências, móveis, objetos de decoração, roupas) e que querem comer (e beber). Às vezes quem chega só para um expresso acaba com algo a mais na sacola e os que passam só para levar determinado produto aproveitam a comodidade e comem algo no mesmo local.

É também o que acontece na Nonsense, misto de outlet multimarcas e restaurante, que acaba de completar um ano e agora passou a funcionar também à noite. “Como já temos o restaurante aqui, fica mais fácil oferecer algo diferente aos nossos clientes, que eles não encontram nas outras lojas”, afirma a proprietária do espaço, Moema Breves. Formada em marketing e figura atuante na área de moda, ela abriu a casa como loja de roupas em fevereiro do ano passado. Quatro meses depois, integrou pequeno restaurante ao ambiente, focado em almoço executivo e eventos particulares.

“Com tanto evento aqui, estávamos ficando só com uma noite livre”, conta ela. Com a casa passando a funcionar também para jantar, uma das soluções foi reservar datas para noites gastronômicas temáticas divulgadas por e-mail para a lista de fregueses cadastrados. “Não somos uma casa fechada, mas temos um quê de private club. Qualquer pessoa que recebe nossos e-mails pode vir à noite, mas tem de reservar”, explica. Para isso, basta se cadastrar no site da casa: www.nonfashion.com.br. Também têm acesso ao local os que são convidados para eventos particulares, como aniversários, chá de panela e lançamentos.

“Viramos um pequeno salão de festas cool”, define. Não há placa na porta: “apenas” uma grande régua amarela distingue a casa na vizinhança. Parte das nove mesas (60 lugares, no total) fica no deck de madeira na entrada; o restante está no acolhedor ambiente lateral interno. Objetos de antiquário dão o clima, além das araras com roupas, é claro. “Quem tem essa pegada alternativa, que gosta de moda, design e gastronomia, tem tudo a ver com a casa”, diz. Durante o dia, os estudantes de moda que atendem na loja fazem também o papel de garçons.

NOITE E DIA

Já no almoço, é possível conhecer cardápio (o mesmo da noite), mas descompromissadamente. É só chegar. Na cozinha se revezam os chefs Rosa Mercês (almoço), Joana Malta e André Lucchesi (ambos no jantar). Nos fundos do imóvel, uma pequena horta atende parte das necessidades da cozinha em relação a folhas e ervas. As opções de petiscos incluem carpaccios (carne, salmão e muçarela; entre R$ 15 e R$ 18), iscas de filé (ao molho gorgonzola, ao molho de mostarda dijon e acebolado com fritas; entre R$ 28 e R$ 29) e bruschettas variadas (R$ 11).

Saladas (R$ 14, cada) e crepes (R$ 16, cada) atendem quem deseja algo leve e rápido. Para os que dispõem de mais tempo e estômago, há risotos (R$ 22, individual ou R$ 15, tamanho degustação) e grelhados (R$ 22, individual; cada), caso do filé mignon (molho madeira ou gorgonzola), peito de frango (molho de tomate ou de queijo), picanha e salmão (pesto ou molho de alcaparra), todos acompanhados por arroz branco (ou piemontês) e batatas fritas (ou salada). De segunda a sexta, os grelhados saem por R$ 16 durante o almoço.

Para encerrar, brownie com sorvete de creme (R$ 8) e tortas de chocolate amargo com sorvete (R$ 10) e de chocolate branco com maracujá (R$ 8). Para beber, toda a linha da cerveja fluminense Devassa (R$ 6, cada long neck), vinhos (10 rótulos; maioria entre R$ 25 e R$ 40, garrafa). Também serve café da manhã (R$ 15, em média, por pessoa).