
“É possível fazer bebida de praticamente tudo, até de sola de chinelo. Com criatividade e conhecimento, é possível. Não há muito limite”, declara o bartender, que acredita ter sido responsável por abrir caminho para a coquetelaria moderna em Belo Horizonte. Ele tem uma escola de bartenders batizada com seu apelido e dá aulas em vários locais: Associação Mineira de Sommelier, Fumec, Estácio de Sá e Senac. Sem falar nas consultorias: Graças a Deus (a primeira), Jack Rock Bar, 2010, Cinco Club, Bar da Devassa, Vinicius, La Milonga, Fabbrica, The Art, Tavola e Sorriso, entre outras casas. Por conta do novo bar, Beedoo terá de deixar as consultorias um pouco de lado.
“Muita gente quer saber se aqui é restaurante, lounge ou bar. É um bar. Mas, para dar suporte a coquetéis e outras bebidas, preciso de uma boa cozinha. O conceito envolve arquitetura, decoração e música. Jazz, nu jazz, acid jazz e bossa, mas sem rotular”, define Beedoo, que comanda a casa com as sócias Bárbara Maciel e a Louise Cristine – são elas as proprietárias da marca Chicletes com Guaraná, cuja loja fica em cima do bar. O barman não cita a palavra decoração à toa: quase todas as peças (poltronas, garfos, taças etc) estão à venda. Toda quinta-feira há shows de jazz no local (R$ 20, couvert individual).
COQUETEL HARMONIZADO
Os coquetéis são, de fato, as estrelas. Apesar de haver apenas 20 no cardápio, eles podem chegar a 150, com a variação de ingredientes. “Se o cliente pede caipimorango, por exemplo, o garçom dá a ele opção acrescentar mel com canela ou pimenta rosa com hortelã. Sem falar nos coquetéis do dia e naqueles que oferecemos a partir do que o cliente está bebendo, para não ter medo de misturar”, explica. Eles estão divididos nas categorias “butique” e “famosos”. Destaque para o Miranda Priestly (gim, vermute de laranja, tônica e pimentas tabasco e dedo de moça; R$ 19) e o Black Velvet (cerveja Guinness e espumante; R$ 24).

Por falar em pratos, o cardápio recém-elaborado para a casa é assinado pelo chef paraense Claudio Santiago (ex-Marquês) e executado por Fábio Luppi e Carla de Abreu Libânio. Curiosidade: como dois terços dos 90 lugares estão em ambiente informal (sem mesa), todas as receitas foram criadas tendo em mente a praticidade. Ou seja, dá para comer no sofá.
Entradas: samosa de carne bovina (pastel indiano com dois molhos; R$ 18) e tartar de salmão com confit de pepino ao endro sobre blinis de milho (R$ 27). Pratos principais: risoto de coração de alcachofra com aspargos frescos (R$ 31, individual) e salmão com legumes e vinho branco ao cartoccio (R$ 38, individual).
CHICLETES COM GUARANÁ BAR
Rua Alvarenga Peixoto, 388, Lourdes. (31) 2512-6252. Aberto terça e quarta-feira, das 18h à 1h; quinta a sábado, das 18h às 2h.
Rua Alvarenga Peixoto, 388, Lourdes. (31) 2512-6252. Aberto terça e quarta-feira, das 18h à 1h; quinta a sábado, das 18h às 2h.