Mário Frias insinua que Paulo Gustavo não morreu de Covid-19

Declaração do secretário especial da Cultura aconteceu durante live no canal do deputado federal Eduardo Bolsonaro

Divulgação/Reprodução/Instagram/Montagem
Mário Frias insinua que Paulo Gustavo não morreu de coronavírus (foto: Divulgação/Reprodução/Instagram/Montagem)

Mário Frias, secretário especial de Cultura do governo de Jair Bolsonaro (PL), insinuou que o ator e humorista Paulo Gustavo (1978-2021) não morreu vítima da Covid-19.

A declaração foi feita, reforçada e repetida várias vezes na noite da última segunda-feira (14/02), durante uma live transmitida no canal do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) no YouTube.

 

Mário disse que telefonou para uma amiga de Paulo quando ele ainda estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no ano passado, e que ela teria dito que o problema dele não era coronavírus há muito tempo. Ainda segundo ele, o presidente da República teria entrado em contato com a família do artista e se colocado à disposição para ajudar.

 

"Liguei para alguns amigos em comum e cheguei numa amiga muito próxima do Paulo Gustavo. Uma até que, depois do falecimento dele, fez campanha, chorou, xingou o presidente, fez aquele papelão ridículo de quem pro público faz uma coisa e na vida real faz outra, que é muito hábito de artista - isto ninguém pode dizer que eu não conheço", afirmou.

 

"E lá pelas tantas no telefonema, ela já chorando, me falou: o problema do Paulo já não é covid há muito tempo", continuou. "Veja bem o que eu tô falando", ele pausou, repetiu lentamente todas as palavras. "O problema do Paulo já não é covid há muito tempo", destacou.

 

Na sequência, repetindo: "Ela diz com todas as letras, um pouco antes do falecimento, ela assumiu no telefone que já não era covid". E reforçando. "Palavras dela: já não é covid há muito tempo". "Então isso mostra, Eduardo, a hipocrisia da classe…", disparou. O secretário não revelou quem seria a suposta amiga.

 

Frias também chamou a classe artística de hipócrita e ainda saiu em defesa do atual chefe de Estado, que, segundo ele, se dispôs a ajudar mesmo com os ataques recorrentes dos artistas: "O que se transforma num filme de terror é o oportunismo desta turma. Usar o nome de um ator talentoso, que fez muito sucesso - independente de ter usado o recurso da Lei Rouanet ou não - pra fazer palanque político-ideológico em cima do túmulo de alguém".

 

De acordo com o último boletim médico divulgado, Paulo Gustavo faleceu no dia 4 de maio de 2021, aos 42 anos, vítima de embolia gasosa decorrente de sequelas do contágio do vírus SARS-CoV-2. O comediante estava internado desde o dia 13 de março no Hospital Copa Star, em Copacabana na Zona Sul do Rio de Janeiro.

 

A transmissão, que contou com a presença de André Porciuncula, encarregado das mudanças recentes na Lei Rouanet, criticou o Projeto de Lei Complementar (PLC) 73/2021, a chamada Lei Paulo Gustavo, que libera cerca de R$ 3,8 bilhões para a área cultural, como forma de amenizar a paralisação do setor causada pela pandemia. Foi aprovado no ano passado no Senado e vai para votação na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (15/02) para avançar nos próximos passos. As informações são do jornal O Globo. 

 

Confira, abaixo, a live na íntegra: