Aline Wirley, ex-Rouge, revela bissexualidade e relembra relacionamento gay

'Na verdade, foi um amor por aquela pessoa que brotou. Vivi uma história de amor muito linda com ela', contou a artista

Reprodução/Instagram
Aline Wirley (foto: Reprodução/Instagram)

Nesta semana a cantora Kelly Key lançou mais um episódio do seu podcast, chamado " QuintaPod ", transmitido através de seu canal no Youtube. Desta vez, a convidada foi a artista  ex-Rouge  Aline Wirley , que revelou ser bissexual durante o bate-papo. 

Atualmente casada com o ator  Igor Rickli , que interpretou o vilão Alberto de Flor do Caribe , Aline possui um filho de 6 anos, Antônio

" Sou bissexual. Nunca falei isso para ninguém, você está sendo a primeira pessoa. Me descobri. Um dia olhei para uma mulher e fiquei: 'ué?'. Na verdade, foi um amor por aquela pessoa que brotou. Vivi uma história de amor muito linda com ela. Foi há muitos anos ", contou Wirley

Ela lembrou que atualmente é mais fácil ter esse tipo de conversa, pois antigamente ainda era um assunto mal visto. " É muito difícil ser o que a gente é dentro das ‘caixinhas’ que a sociedade quer colocar a gente, então eu realmente espero que trocar uma ideia como essa faça a outra pessoa ver 'meu Deus, estou chocada, a Aline gosta de meninas também'. Que outras pessoas também digam 'que legal, eu também sou essa pessoa. Que bom que ela está falando tão tranquilamente ", opinou. 

Vale lembrar que no último ano, o casal cedeu entrevista para o Extra onde comentaram sobre a família e os ataques racistas que o casal enfrenta há dez anos. " Quando olho para tudo que construí ao lado do Igor nos últimos dez anos, me vêm sentimentos de muita alegria e gratidão pelo nosso encontro. Porque a gente passou por muitas coisas, desde as mais legais, como a chegada do nosso filho, até as mais cabulosas ", disparou Aline na época. 

"As pessoas diziam: 'Vocês dois juntos, meu Deus!'. Ai, meu Deus, o quê? Começamos a perceber como isso foi gerando especulação e incômodo. A gente foi inocente ao fazer vista grossa para sobreviver. E eu não tinha noção também por ser um homem branco privilegiado [...] Na verdade, não conseguia entender esse preconceito. A gente sentia muita limitação das pessoas. Enfrentamos muita ignorância, mas escolhemos passar por cima. Isso não quer dizer que não foi doído, que não está registrado. O Brasil é preconceituoso.

Igor Rickli