Presidente da Universal Music é acusado por ex-mulher de cárcere privado

A única artista que se pronunciou até o momento foi a cantora Luísa Sonza, uma das contratadas da gravadora

Reprodução/Instagram
Paulo Lina e Helena Lahis (foto: Reprodução/Instagram)

O presidente da Universal Music, Paulo Lina, está respondendo um processo por ter, supostamente, internado a mulher, Helena Lahis, numa clínica psiquiátrica após ela decidir pedir o divórcio, sendo incluso na causa um possível cárcere privado, segundo o colunista Léo Dias, Metrópoles

"Fiquei 26 horas sem acesso a televisão, caneta, papel... em uma espécie de triagem para analisarem meu grau de insanidade. Fui dopada. O começo é bem confuso, porque tomei remédio e apaguei. Acordei mais tarde com um psiquiatra contratado pela minha família, o Dr. Leonardo Lessa. A princípio, confiei nele. Foi a única pessoa que me fez sentir acolhida"

Helena Lahis

 

A coluna informou que a gravadora o pediu para não noticiar o fato, já que poderia abalar a imagem da empresa e do próprio empresário. Paulo está com casamento marcado para dezembro deste ano e muitos artistas estarão presentes no evento, mas pediram para não ter seu nome revelado. 

"Fui completamente desmoralizada enquanto mãe. Sempre fui uma mãe muito dedicada e ver minha filha levada por uma narrativa maldosa, criminosa, é muito difícil. Mas entendo que não tem como ouvir essa narrativa e desconstruir o pai, um cara que é visto como foda, idolatrado, que está sempre nos shows, nos camarotes. Mas não posso deixar minhas filhas pensarem que o que aconteceu comigo foi normal"

Helena Lahis

 

Dentre os artistas contratados da gravadora, temos Luísa SonzaIvete Sangalo, Paula FernandesFelipe Araújo. Por sua vez, Luísa se pronunciou sobre o caso, repudiando qualquer tipo de violência contra a mulher. "Eu e minha equipe repudiamos todo e qualquer tipo de violência contra a mulher, seja psicológica, moral ou física. Estou aqui para defender todas as mulheres contra crimes de qualquer natureza. E, casos em que mulheres são violentadas tanto física como psicologicamente têm que acabar. Não podemos ceder ao poder econômico, ao poder de influência e ao machismo. Confio na apuração dos fatos e que a justiça seja feita", declarou.  

 

"Quando saí da clínica, minha filha me pediu para não denunciar o pai delas. Falei que não podia fazer isso, porque precisava me proteger, se não, ele poderia me interditar. Pedi desculpas a elas, mas não fui a causadora dessa situação. O que me salvou foi a minha fé em mim. Fui vítima e me sinto no banco dos réus o tempo todo, sendo julgada. Por um lado, fui presa, mas por outro, hoje ninguém mais me segura"

Helena Lahis