Pela primeira vez em sua história, Mostra de Tiradentes não tem exibições de películas

Todos os filmes estão sendo projetados em equipamento digital, com melhor qualidade

por Carolina Braga 26/01/2014 08:06

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Tulio Santos/EM
Cine Tenda recebeu um grande público para a sessão de abertura, com a exibição de Quando eu era vivo (foto: Tulio Santos/EM)
Tiradentes – Como é tradição, o primeiro sábado da Mostra de Cinema de Tiradentes teve a tarde colorida pelo Cortejo das Artes, realizado anualmente em comemoração ao aniversário da cidade. As atividades começaram com debates sobre a temática deste ano, que trata de processos audiovisuais e também sobre a trajetória do ator Marat Descartes.

A Mostra de Cinema de Tiradentes ainda não tem o seu Palácio dos Festivais, mas a estreia do evento no sistema de projeção em Digital Cinema Package (DCP) não ficou devendo a nenhuma sala do Brasil. “Acho que o circuito brasileiro está em um processo de transformação muito delicado. Temos que entender como projetar bem um filme digitalmente. Tivemos uma projeção muito cuidadosa aqui”, comentou Marco Dutra, diretor de Quando eu era vivo, filme da abertura.

Pela primeira vez, não há mais películas em exibição na mostra. A antiga sala trancada a sete chaves lotada de latas de filmes deu lugar a um potente servidor que armazena os longas-metragens a serem exibidos no Cine Tenda. Na avaliação da coordenadora de projeções Cecília Gabrielan, a transição foi tranquila. “Na questão da logística e do tráfego de cópias foi mais positivo para mim porque consegui receber muitos filmes com antecedência”, explica.

Emoção

Na sexta-feira, a homenagem a Marat Descartes garantiu emoção à primeira noite, coroada com a exibição de um thriller de suspense. Com a presença da família em peso, esposa, filhas, mãe e irmãos, o ator recebeu das mãos do amigo e parceiro de cena Gero Camilo o Troféu Barroco 2014. "Mãe eu agradeço por você ter apostado em mim e no teatro não como um hobby", disse à mãe, visivelmente tocado com a cerimônia.

A escolha de Quando eu era vivo para a abertura da maratona cinematográfica foi uma aposta acertada. O longa de Marco Dutra explora um gênero pouco comum no cinema contemporâneo brasileiro, um misto de terror, suspense e fantasia. A estreia no circuito comercial está marcada para a próxima sexta, 31.

PROGRAMAÇÃO

Hoje a programação da Mostra de Cinema de Tiradentes continua com atrações para a criançada. Na Mostrinha será exibido Brichos – A floresta é nossa, às 11h no Cine-Tenda, e Meu pé de laranja lima às 15h também no Cine Tenda. O espetáculo de circo A flor de manac, da Cia Teatral Manicômios, promete agitar o Cine BNDES Praça a partir das 12h30. À tarde estão previstos a série 2 de curtas da Mostra Panorama (Cine-Tenda) e os longas-metragens Riocorrente, de Paulo Sacramento (Cine-Tenda), Olho nu, de Joel Pizzini (Cine-Praça), e Amor, plástico e barulho, de Renata Pinheiro (Cine-Tenda).

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