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Ana Paula Renault comemora ao derrotar Sikêra Jr. na Justiça: 'Homofóbico'
O apresentador recorreu a uma instância superior contra a ex-BBB mineira
Na última segunda-feira (22/04), Ana Paula Renault publicou um vídeo nas redes sociais celebrando sua primeira vitória em um processo judicial por danos morais movido por Sikêra Jr, depois de sua participação no Programa Raul Gil, do SBT, em 2021.
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Na ocasião, a ex-BBB participou do quadro Pra Quem Você Tira o Chapéu e informou que não abaixaria a cabeça para Sikêra por conta das opiniões polêmicas e matérias sensacionalistas exibidas no extinto Alerta Nacional, da RedeTV!.
De acordo com as informações do portal F5, da Folha de S.Paulo, processo corre na 7ª Comarca de Manaus e ainda cabe recurso. O apresentador ressaltou que as ofensas da jornalista foram publicadas na internet e em programas de televisão.
Na ação, a magistrada rejeitou a ação ao entender que a ré exerceu o direito à liberdade de expressão e opinião e que utilizou "palavras duras e incisivas em decorrência do agir do próprio requerente, que também expõe a própria opinião nas redes sociais" e que o caso "não extrapolou o direito constitucionalmente estabelecido de opinião".
Ana Paula comemorou a vitória no Instagram. "Sikêra Júnior me processou e perdeu. Essa vitória é nossa e toda a comunidade LGBTQIAPN+", escreveu ela na legenda.
"O Sikêra Júnior me processou e perdeu. Em 2021, eu participei do quadro Tirando o Chapéu no Programa do Raul Gil, em que eu pegava os chapéus com os nomes e eu dizia se tirava ou não para aquela pessoa. Ao sair o nome do Sikêra Júnior, eu disse que não tirava o chapéu para ele por conta de suas diversas falas, problemáticas, insultos da comunidade LGBTQIAPN ", destacou.
"Um tempo antes, ele chegou a dizer que eles eram uma raça desgraçada. Eu não poderia tirar o chapéu para alguém que fala uma atrocidade dessa. Eu critiquei o Sikêra por tentar inferiorizar e marginalizar ainda mais a comunidade e é um grande desserviço, principalmente por ser uma pessoa pública e que tinha grande audiência. As palavras geram atitudes e todos que têm espaço público na TV devem ter responsabilidade pelo que dizem, sobretudo no nosso país, no Brasil, em que as pessoas homoafetivas são constantemente violentadas e mortas", comentou.
"E como tentativa de me calar e amedrontar também as outras pessoas que criticavam o Sikêra, ele entrou com um processo contra mim, pedindo uma indenização por danos morais de R$ 44 mil. Gente, um processo sem fundamento nenhum. O que ele fez é uma violência jurídica e uma manipulação do judiciário como forma de silenciar e perseguir os opositores. Logo ele, que faz parte daquele grupo de pretensos defensores da liberdade de expressão. Vocês sabem bem do que eu estou falando", acrescentou.
"Felizmente, a justiça foi feita e ele perdeu o processo em primeira instância. Ainda cabe recurso. Mas será que o Sikêra terá coragem de se expor a duas derrotas? Não adianta me perseguir, não adianta tentar me intimidar com o processo, pois eu não vou me calar. Inclusive, estou até hoje esperando o processo que o Nicolas Ferreira disse que entraria contra mim, depois de eu questionar publicamente pela falta de decoro parlamentar ao cometer o crime de transfobia em discurso no plenário da Câmara dos Deputados", afirmou.
"Enfim, Sikêra Júnior tentou usar o processo judicial para me intimidar, mas agora ele tem a resposta que merece com essa derrota. Gente, está liberado chamar homofóbico de homofóbico. E eu tenho que agradecer muito o meu advogado, o doutor Roberto Montanari, que sem ele me dando, não só apoio jurídico, mas também emocional durante todo esse processo, eu não sei o que seria de mim. É isso, então dá nome a esses crimes, chamar o homofóbico de homofóbico, racista, de racista, machista, de machista e só dessa forma que a gente vai conseguir transformar o mundo que a gente vive num lugar melhor e mais seguro para todos vivermos", concluiu.
Confira, abaixo, o vídeo na íntegra: