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“Essa recomendação, que é recente, é baseada principalmente no estudo do comportamento das adolescentes. O início da vida sexual delas é cada vez mais precoce e desinformado, pois nem a família nem a escola conversam sobre o assunto. Muitas vezes, elas não sabem que existe um período fértil da mulher”, observa a médica pediatra Mariângela de Medeiros Barbosa, presidente do Departamento de Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria. Assim, com a mobilização do Ministério da Saúde, que, segundo ela, ainda não preconiza o uso do DIU em mulheres jovens, e com a correta orientação dessas adolescentes, métodos como o DIU e o implante intradérmico (não disponível na rede pública) reduziriam drasticamente os números de gravidez precoce e indesejada.
“Se ficasse comprovado que, a longo prazo, esses métodos não trouxessem nenhum malefício, seria ótimo para essas meninas que vivem com a cabeça no mundo da lua e se esquecem de tomar a pílula ou que não sabem usá-la. Mas é importante salientar que, em todos os casos, o cuidado deve ser duplo: use também a camisinha, para prevenir DSTs”, sublinha Mariângela.