Pastifício Primo aposta na simplicidade para conquistar o freguês

Misto de fabriqueta de massas, loja e restaurante chama atenção na Savassi

por Eduardo Tristão Girão 09/10/2015 08:00
Ramon Lisboa/EM/D.A Press
Cerca de 50 tipos de massas são produzidos na frente do cliente o dia inteiro (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

Três máquinas importadas da Itália, com jeitão meio antigo, são o coração do Pastifício Primo, misto de fabriqueta de massas, loja e restaurante inaugurado há quase um mês na Savassi. Diariamente, ali são produzidos,  diante do cliente, cerca de 50kg de espaguete, ravióli, penne, tagliatelle, cappelletti, lasanha e nhoque, entre outros formatos. Molhos e recheios também são feitos no local, além de petiscos, pães e tortas salgadas. Tudo seguindo as receitas das demais lojas da rede, que tem matriz em São Paulo.

 

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Com piso amarelo, produção à vista e balcão frigorífico com massas e molhos para comer no local ou levar, a casa tem ar informal e despretensioso. Há ali uma curiosa convivência de conceitos, como conveniência e fabricação em pequena escala, além do cardápio específico para o almoço, cuja lógica lembra a dos fast foods. O dono da ideia é Ivan Bornes, uruguaio radicado na capital paulista, que abriu a primeira unidade do Primo em 2010.

“Somos inspirados em pastifícios que existiram na Itália e no Brasil até os anos 1970, quando vieram os grandes supermercados e o mundo entrou na fase de produtividade. As pequenas fábricas se perderam, tanto aqui como lá. Nossa forma de trabalho não é a mais prática nem a mais fácil, mas uma opção. É um modelo de negócio simples, mas que envolve transferência de muito conhecimento. Não dá para expandir velozmente e nem queremos isso”, conta Bornes. Até o fim do ano, serão nove lojas, três fora de São Paulo.

Na capital mineira, quem comanda a operação é Cristiane Rossi, geógrafa que largou a profissão para apostar na paixão pela gastronomia. “Fiquei três anos pesquisando a franquia. Achei bacana por ser uma loja menor, além do fato de estar começando e de Ivan dar muito apoio”, conta. As lojas paulistas não têm mesas ou cadeiras, mas na de BH há 35 lugares no andar de cima. A comida é servida em embalagens biodegradáveis feitas de bambu.

BRONZE As massas levam farinha, ovo e água mineral – no caso do primeiro ingrediente, de sêmola ou de trigo, às vezes misturadas. “A farinha de sêmola é mais resistente e indicada para massas lisas. A de trigo rende massas mais elásticas”, explica Bornes. As versões coloridas trazem extratos de ingredientes como espinafre e tomate. Todas as massas são cortadas com peças de bronze. A rugosidade do metal deixa a massa mais áspera, ideal para absorver o molho.

Durante o almoço, há várias opções de massa por R$ 15 (porção individual), servidas com uma fatia de pão, parmesão ralado e molho branco ou de tomate. Paga-se à parte para trocar de molho (R$ 3,99, em média) e é possível acrescentar almôndegas (R$ 2,99 a unidade).

No peso, são vendidas aproximadamente 50 variedades de massas, como ravióli de espinafre (R$ 3,99, 100g), sorrentino de queijo brie com damasco (R$ 7,99) e lasanha à bolonhesa (o molho não é feito com carne moída, mas desfiada; R$ 4,99, 100g).

PASTIFÍCIO PRIMO
Rua Alagoas, 957, Savassi. (31) 3024-4478. Aberto de segunda-feira a sábado, das 9h às 21h; domingo e feriado, das 9h às 15h.

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