Defensor ferrenho do presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) e crítico ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos embates realizados diariamente na Jovem Pan News, o ex-BBB Adrilles Jorge comunicou à direção da emissora que está de saída do canal de Antonio Augusto do Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha.

De acordo com as informações exclusivas do colunista Fávio Ricco, do portal R7, o integrante do programa Morning show que já se envolveu em uma série de polêmicas, confirmou ao Grupo Jovem Pan que será candidato nas próximas eleições.

Vale destacar, que ainda não há informação sobre qual é o cargo político pretendido pelo comentarista, no entanto, segundo especulações dão conta que provavelmente ele disputará o cargo de deputado federal pelo PTB.

No início do ano, ele iniciou conversas com o partido que apoia o chefe de Estado Jair Bolsonaro e vem tentando atrair quadros conservadores para as eleições. À imprensa, o presidente do diretório do partido em São Paulo, Otávio Fakhoury, disse na época que a conversa ainda é "informal" e que o escritor "se encaixa no perfil para candidatos" que a legenda quer lançar nas eleições de outubro deste ano.

"Aqui é a casa dos conservadores. Todos são muito bem-vindos ao PTB. (…) Estamos construindo uma nominata 100% de direita, com pessoas que compartilham os mesmos valores", acrescentou.

Recentemente, Adriles chegou a ser demitido da Jovem Pan News depois de fazer um gesto com a mão direita, associado com o "Sieg Heil", uma saudação nazista utilizada na Alemanha de Adolf Hitler, que significa "viva a vitória" no encerramento da atração Opinião. 

Ele comentava o caso de Bruno Aiub, conhecido como Monark, do Flow Podcast, que defendeu a existência de um partido nazista e declarou não haver problema em ser "anti-judeu". Depois, Monark foi desligado dos Estúdios Flow. Após o gesto feito por Adrilles, o apresentador William Travassos expressou consternação ao vivo. "Surreal, Adrilles", disparou Travassos.

Nas redes sociais, Adrilles negou que o gesto tenha sido uma forma de apologia ao nazismo e afirmou que estava apenas acenando. Segundo ele, seu tchau foi irônico e de forma "galhofeira". "Fui demitido da Jovem Pan. Por dar um tchau deturpado por canceladores. Infelizmente, a pressão de uma turba canceladora e sua sanha de sangue surtiram efeito", escreveu.

No entanto, pouco mais de um mês depois, após vários pedidos dos telespectadores, o ex-participante do Big brother Brasil, da TV Globo foi recontratado e reassumiu suas funções no canal. O comunicador foi defendido por aliados do presidente da República, como os deputados Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Bia Kicis (PSL-DF) e o ex-secretário de Cultura, Mário Frias.