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Marcos Uchôa associa demissões em massa na TV Globo a Bolsonaro

Marcos Uchôa atribuiu as demissões em massa na TV Globo ao presidente da República Jair Bolsonaro (PL), em entrevista concedida na última terça-feira (24/05) ao podcast Inteligência Ltda, atração comandada por Rogério Vilela.


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Após 34 anos no jornalismo esportivo da emissora da família de Roberto Marinho (1904-2003), passando pela cobertura do jornalismo social, político e de guerra, o jornalista revelou que pediu demissão em novembro do ano passado após o chefe do Executivo impôs um sistema de contratação prejudicial ao canal, o que culminou no corte dos grandes salários nos últimos anos.

 

"Eu não tinha mais contrato. Foi uma das coisas que o Bolsonaro fez… antes, pessoas que tinham um salário melhor na Globo ganhavam como pessoa jurídica. No primeiro ano de governo, ele já foi em cima em termos trabalhistas, dizendo que isso não podia ser assim, e todo mundo passou a voltar a ser funcionário. Até o Galvão, até o Faustão", afirmou.


 

"Eu era uma pessoa contratada como outra qualquer. Não tinha um período para vencer o contrato. Pedi demissão normalmente. Expliquei que queria sair. Não tenho nenhuma mágoa da Globo. É claro que houve momentos em que quis fazer coisas que não pude fazer, porque eles não deixaram, mas é a regra do jogo", acrescentou.

 

Uchôa afirmou que a segunda maior rede de televisão comercial do mundo, atrás apenas da norte-americana American Broadcasting Company (ABC), passa também por uma crise financeira sem precedentes.


Dispensa de medalhões da Globo

Recentemente, a TV Globo demitiu jornalistas veteranos que ajudaram a construir a reputação do canal em um de seus principais pilares: o jornalismo. Nomes como Francisco José, Ary PeixotoIsabela AssumpçãoTino Marcos, Fernando Regô Barros, Vico Lasi, Alberto Gaspar, José Raimundo, Veruska DonatoMichelle Barros, Renato Machado, Carlos Tramontina e Chico Pinheiro engrossaram a lista dos desempregados nos últimos meses.

 

Marcos Uchôa reforça que a diminuição do dinheiro também acarreta em prejuízos e necessidade da empresa adequarem seus gastos, mas o profissional criticou a política adotada pelo canal. "Nesse aspecto, as pessoas mais velhas, que estavam há mais tempo lá, com salários melhores também por causa desses anos todos.


Cortando, não renovando contrato e demitindo essas pessoas, é uma economia mais rápida de ser feita", destacou.

 

"Eu não faria assim, acho um erro. A identidade de um meio de comunicação é muito os profissionais que você está acostumado a ver. Você cria uma identidade que é abalada quando essas pessoas saem, e precisa ser reconstruída", continuou.

Por fim, Uchoâ quebrou o silêncio e afirmou que optou por sair por não acatar com a forma de jornalismo que vinha sendo feita na emissora. "Gosto de ir aos lugares, fazer as reportagens in loco", frisou. "Foi difícil largar o salário que eu tinha.


Era um salário muito bom, confortável", confessou.

 

Confira, abaixo, um trecho da entrevista: