Dia Mundial do Coração, uma data para ser lembrada

Nunca é demais dizer que pessoas com doença cardiovascular, diabetes, obesidade e/ou hipertensão arterial são pessoas mais vulneráveis às formas mais graves da COVID-19

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(foto: Pixabay/Reprodução )
Nesse mês de setembro, mais precisamente no dia 29 , na próxima terça-feira, estaremos comemorando o Dia Mundial do Coração, data já consagrada no calendário da Sociedade Brasileira de Cardiologia, onde excepcionalmente esse ano, em decorrência da pandemia da COVID-19, não teremos atividades para o público.

Temos a tarefa de proporcionar, em algum local público, atividades como medição de pressão arterial, medicão de glicose, palestras sobre os fatores de riscos cardiovasculares e ensinar como reduzir o risco cardiovascular. Essas ações visam educar os indivíduos na tentativa de prevenir, controlar e reduzir as doenças cardiovasculares, como a abolição do tabaco, o controle do colesterol, da pressão arterial, do estresse, do sedentarismo, do diabetes, da obesidade, com a aquisição de hábitos de vidas audáveis, que incluem atividades físicas, bons hábitos alimentares e controle dos níveis de estresse.

Com essas atuações, as sociedades estaduais de cardiologia de todo o Brasil pretendem conscientizar as pessoas sobre as doenças cardiovasculares e como preveni-las. Elas são responsáveis por 18 milhões de mortes anualmente em todo o mundo, sendo a principal causa de mortalidade. No Brasil, temos infelizmente em torno de 350 mil mortes em decorrências das doenças cardiovasculares todo ano. 

Nunca é demais lembrar que pessoas com doença cardiovascular, com diabetes, com obesidade, com hipertensão arterial são pessoas mais vulneráveis as formas mais graves da COVID-19.

Este ano, a Federação Mundial de Cardiologia pede cuidado com os pacientes portadores de doenças cardíacas, principalmente  as doenças coronárias, doenças do músculo cardíaco, das válvulas e a doença de Chagas. 

Para as pessoas com problemas de saúde subjacentes, como doenças cardíacas, a mensagem é que seu hospital, pronto-socorro ou consultório médico é seguro e, se você precisar ir, deve ir. Os riscos de ataques cardíacos e derrames superam em muito o risco de contrair a COVID -19 e o tempo é realmente essencial quando surgem problemas cardíacos. Vale lembrar que a telemedicina nunca será um substituto ao atendimento presencial, nem deve ser interpretada como uma medida a ser tomada pelo fato de que as visitas ao hospital tornaram-se inseguras, o que não é verdade. 

Não podemos deixar de lembrar dos recentes avanços nos tratamentos das doenças cardiovasculares, principalmente com o advento de algumas drogas, já consagradas como o sacubitril-valsartan, os inibidores das SGLT2 (usados inicialmente para o tratamento do diabetes), os novos anticoagulantes orais (NOACs), que trouxeram grande esperança na redução da mortalidade cardiovascular. 

Referencia: www.world–heart-federation.org.