O que faço com o desejo de sempre movimentar as pernas? Tem solução?

Essa sensação estranha, e muitas vezes engraçada, é descrita como síndrome das pernas inquietas (SPI), também conhecida como doença de Willis-Ekbom

Yury Rymko/Pixabay
(foto: Yury Rymko/Pixabay)

Você já sentiu ou conhece alguém que não consegue ficar parado com as pernas? Mesmo sentado ou deitado? Essa sensação estranha e muitas vezes engraçada é descrita como síndrome das pernas inquietas (SPI), também conhecida como doença de Willis-Ekbom. Essa condição pode causar formigamento e sensação de desejo irresistível de mover as pernas ou balançá-las.

Os sintomas geralmente ocorrem quando a pessoa está sentada, descansando ou dormindo, e na maioria das vezes à noite. Os movimentos causados são chamados de movimentos periódicos dos membros durante o sono e podem até levar a distúrbios para dormir.

Algumas pessoas têm SPI primária, que não tem causa conhecida. Outros têm SPI secundária, que geralmente está associada a problemas nervosos, ansiedade, hiperatividade, gravidez, deficiência de ferro ou insuficiência renal crônica.

Para a maioria das pessoas com SPI, os sintomas são leves. Mas se seus sintomas forem moderados a graves, pode se ter um grande impacto em sua qualidade de vida, como sono insuficiente, falta de foco, pensamento acelerado e até bullying.

Os métodos de tratamento para a síndrome das pernas inquietas são variados, pois a causa raiz não é verdadeiramente conhecida. Por exemplo, alguns pesquisadores sugerem que a SPI é causada por problemas com a dopamina, uma substância química cerebral, enquanto outros sugerem que ela está relacionada a hiperatividade.

O primeiro passo para o tratamento é descartar as causas potenciais, como excesso de cafeína, álcool e tabaco, e uso de medicamentos para enjoo, antipsicóticos, fluoxetina, escitalopram, antidepressivos e hormônios para tratar doenças da tireoide.

O segundo passo é tratar a síndrome, incluindo: adaptar e equilibrar os hábitos de sono, suplementação vitamínica (D, B, E), suplementação de ferro, magnésio e zinco, atividade física regular. Alongamentos e massagens também podem ajudar no alívio dos sintomas.

Quando há necessidade de uso de medicações, relaxantes musculares, dopaminergicos, gabapentina e opioids são as principais escolhas. Métodos utilizados para recovery de atletas, como botas pneumáticas, câmaras frias de nitrogênio, laser, acupuntura e aparelhos tens também podem ser muito úteis.

Devemos sempre iniciar com as opções mais simples e ir aumentando progressivamente, lembrando que o que funciona para um pode não funcionar para outro. Cada pessoa se adapta a um plano funcional.

Seu médico pode fornecer mais informações sobre cada um desses tratamentos e qual deles - ou quais - pode ser uma boa escolha para você.