Automonitoramento da saúde: o Big Data te ajuda a cuidar do corpo

Está cada vez mais comum o uso de pulseiras e relógios que registram frequência cardíaca, pressão arterial,

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(foto: Divulgação)

Meus parceiros e amigos de tênis são atletas que, mesmo já em idade madura, dão inveja a muitos jovens sedentários.

A maioria tem um longo retrospecto na prática de atividade física, já tendo praticado modalidades esportivas diferentes ao longo da vida e, atualmente, são tenistas assíduos, faça chuva ou faça sol.

Recentemente, tenho notado o entusiasmo de muitos deles com as pulseiras e relógios que registram frequência cardíaca, pressão arterial, números de passos, oxímetro para averiguar a oxigenação e uma infinidade de parâmetros clínicos.

Percebo que meus estimados atletas se sentem mais confortáveis e seguros ao ter a possibilidade de saber, por parâmetros objetivos, como está a condição clínica para continuar a prática esportiva com mais segurança.

Esses dispositivos rastreadores de saúde estão cada vez mais disseminados. Tem sido demonstrado que o auto monitoramento é um ingrediente para melhorar os resultados de saúde, principalmente entre pessoas que tentam controlar o peso, pressão arterial e açúcar no sangue.

A pergunta que permanecia sem resposta até agora é quantas pessoas estão monitorando a saúde regularmente?

Segundo a Pew Research, sete em cada dez adultos norte-americanos rastreiam um indicador de saúde para si ou para um ente querido. Quase metade (45%) dos adultos americanos estão lidando com pelo menos uma condição crônica. Daqueles que vivem com duas ou mais condições, 78% têm pressão alta e 45% têm diabetes. Se estão presentes duas condições de saúdem elas são gerenciadas com mais eficácia quando as pessoas rastreiam seus próprios dados.

Os resultados vieram de uma pesquisa nacional com 3.014 adultos que vivem nos Estados Unidos e foram entrevistados por telefone. A pesquisa foi realizada pela Princeton Survey Research Associates International.

Quase a metade dos rastreadores (49%) afirma que atualiza seus registros ou notas apenas ocasionalmente, quando algo surge ou muda; e pouco menos da metade (46%) afirma que atualiza regularmente. Do total, 34% dos rastreadores dizem que compartilham seus registros ou anotações com outra pessoa ou grupo, online ou off-line e pouco mais da metade (52%) compartilha com um médico.

Por que as pessoas se dão ao trabalho de rastrear dados de saúde, para si ou para alguém de quem cuidam? A pesquisa indica que 46% dos rastreadores dizem que essa atividade mudou sua abordagem geral para manter a saúde ou a saúde de alguém para quem eles prestam assistência. Outros 40% dos rastreadores dizem que isso os levou a fazer novas perguntas a um médico ou a obter uma segunda opinião de outro médico; e 34% dos rastreadores dizem que isso afetou uma decisão sobre como tratar uma doença ou condição.

Ainda na pesquisa, 19% dos donos de smartphones baixaram um aplicativo especificamente para rastrear ou gerenciar a saúde. Os aplicativos de exercício, dieta e peso são os tipos mais populares de aplicativos de saúde baixados. Cerca de 38% dos usuários de aplicativos de saúde monitoram os exercícios, 31% monitoram a dieta e 12% usam um aplicativo para controlar o peso. Outros aplicativos de saúde mencionados pelos entrevistados rastreiam ciclos menstruais, pressão arterial, gravidez, açúcar no sangue ou diabetes e medicamentos.

Portanto, esse atual cenário de rastreamento com “big data na saúde” pode ser muito interessante e de valia. Ainda assim cuidados e precauções devem ser tomados como buscar dispositivos de auto monitorização que já tenham sido aprovados pelas sociedades médicas ou agências de regulação como o FDA americano ou ANVISA no Brasil.

Além disso, baixar os aplicativos desses dispositivos no celular apenas das lojas oficiais como a Apple App Store, Google Play ou Amazon Appstore para minimizar riscos de potencial invasão de hackers.

Se você tem dúvidas, fale comigo:arnaldoschainberg@terra.com.br