Europa pode ter surto do vírus Zika nos próximos meses, alerta OMS

Risco de surto é classificado como baixo e moderado, no entanto, agência internacional divulga recomendações que devem ser seguidas pelos europeus

por Agência Brasil 18/05/2016 11:46
A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu nesta quarta-feira (18/06) alerta sobre um potencial surto do vírus Zika na Europa durante os próximos meses – período em que a região registra o fim da primavera e o início do verão. O risco em todo o continente foi classificado pela OMS entre baixo e moderado.

Entretanto, localidades onde há circulação do mosquito Aedes aegypti, como a Ilha da Madeira, em Portugal, e a costa Nordeste do Mar Negro, têm mais chance de registrar surtos – lugares com risco moderado ou alto. “A OMS pede que países europeus, sobretudo os que tem alta e moderada probabilidade de registrar transmissão local do vírus Zika, sigam as recomendações para prevenir ou conter rapidamente um surto da doença”, informou a OMS por meio de nota.

As recomendações para países com risco moderado ou alto de surtos de Zika incluem:

- Fortalecer atividades de controle do vetor para prevenir a introdução e a propagação de mosquitos;

- Capacitar profissionais de saúde para a detectar precocemente a transmissão local do vírus e reportar os primeiros casos e complicações em até 24 horas após o diagnóstico;

- Garantir ferramentas para testar pacientes para a doença ou protocolos para envio de amostras de sangue ao exterior;

- Estimular a população a reduzir focos do mosquito;

- Permitir que pessoas em situação de risco, sobretudo grávidas, se protejam contra a infecção, incluindo proteção contra a transmissão do vírus por via sexual;

- Mitigar os efeitos do Zika e suas complicações.

“Todos os outros países devem focar em adotar estratégias de controle do vetor de acordo com a possibilidade de transmissão local do vírus, detectando casos importados do Zika precocemente e providenciando orientação médica a viajantes que se dirigem ou que vêm de países afetados, inclusive sobre a transmissão sexual do vírus”, concluiu a OMS.